Há alguns meses, o Comitê Organizador da Rio-2016 tomou um belo susto. Foi informado de que o espaço da Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal da cidade, era curto demais para sediar as competições de remo e canoagem de velocidade. Estava fora dos padrões internacionais pedidos.
Não era muita coisa. Cerca de 200 m satisfariam as exigências do COI (Comitê Olímpico Internacional) e da federação internacional do esporte.
Mas esses quase 200 m não existem, e não podem mais ser criados. A Lagoa, por razões óbvias, não pode ser aumentada.
Aos organizadores, restou a opção de remover de lá as competições. Cogitaram remanejar o evento para outra parte da cidade, mas perderiam o “fator Lagoa” (para quem não conhece, é aquela que hospeda uma árvore de Natal gigante todo final de ano).
Confrontados com a situação, dirigentes e ex-atletas, alguns de muito renome no cenário mundial, defenderam a permanência dos eventos no local. E ganharam a disputa.
Remo e canoagem de velocidade, até segunda ordem, ficam na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Mas e os 200 m? Ah, sim…
A organização da Rio-2016 já resolveu o problema. Vai recuar a largada das provas e pôr mecanismos para garantir a segurança dos competidores na linha de chegada.