O BMX é modalidade olímpica desde Pequim-2008. Ainda hoje, porém, o Brasil não tem uma pista similar às usadas nos Jogos. É sempre bom lembrar que o Rio soube que iria organizar a Olimpíada de 2016 em outubro de 2009.
Atualmente, o Brasil tem, sim, pistas de bicicross. No entanto, estas são bem menos radicais do que as de supercross, modalidade disputada em um circuito curto com rampas de até 12 m de comprimento e largada a 10 m de altura. As de bicicross têm metade destas medidas.
A prova ocorre entre oito ciclistas e dura cerca de 40 segundos em um circuito bem radical, cheio de saltos, rampas, curvas velozes. A pista tem uma pequena diferença de extensão: é de 470 metros para homens e 430 para mulheres.
No país, a primeira pista de supercross vai ser em Londrina, no Paraná. Segundo a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), o centro de treinamento com o circuito deve ficar pronto ainda no primeiro semestre do ano que vem.
Um convênio com o Ministério do Esporte vai bancar a construção do complexo de ciclismo em Londrina, com ajuda da prefeitura. Ou seja, o governo federal vai pagar os cerca de R$ 500 mil para os brasileiros terem um centro de alto-rendimento para se prepararem para a Rio-2016.
O repasse da Lei Piva para a CBC em 2013 foi de R$ 2,6 milhões. Em outubro, a entidade fechou patrocínio de R$ 17 milhões com a Caixa até 2016.
Uma das principais atletas de BMX do país, a ciclista paulista Priscilla Carnaval (clique aqui e saiba mais sobre ela), de 19 anos, é uma das prejudicadas pela falta de uma pista de suprecross no Brasil. Pela experiência internacional que já acumulou, ela conta que, muitas vezes, precisa ensinar outras atletas a andar em circuitos com rampas tão altas quando vão sair do país.
No Rio, o BMX vai ser disputado no parque radical, que vai ser construído em Deodoro. A Prefeitura do Rio apresentou no início de novembro o projeto conceitual do local onde serão realizadas competições de 11 modalidades olímpicas e quatro paraolímpicas.
As obras estão previstas para começar ano que vem e terminar no primeiro semestre de 2016.
“Os Estados Unidos construíram pistas iguais às de Pequim-2008 e Londres-2012 para treinar antes das olimpíadas. A gente brinca que é capaz dos americanos terem uma réplica da pista da Rio-2016 antes mesmo de nós, brasileiros, treinarmos lá”, afirmou Priscilla Carnaval, atual 28ª colocada no ranking mundial de BMX.