Brasil planeja novo acordo com Canadá para desenvolver esportes no gelo

Por Marcel Merguizo

A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) planeja ampliar uma parceria que já tem com o Canadá para desenvolver esportes como patinação artística, curling, patinação de velocidade e hóquei no gelo.

Ano passado a confederação iniciou uma parceria com a Associação Canadense de Bobsled e Skeleton para receber auxílio técnico, trocar experiências, ter acompanhamento nas competições, enfim, cooperação dos países em relação a estas modalidades.

O Canadá é uma das potências dos Jogos Inverno. O país norte-americano já conquistou 145 medalhas, sendo 52 de ouro, nas olimpíadas em provas no gelo e na neve. A dupla feminina do Canadá, por exemplo, é a atual campeã olímpica no bobsled.

Já o Brasil nunca subiu no pódio dos Jogos de Inverno. Na Olimpíada de Sochi, que começou ontem, serão 13 atletas representando o país em sete esportes. Nenhum deles com chances reais de medalha.

No bobsled, esporte em que há troca de informações com o Canadá, o Brasil está na Rússia com um quarteto masculino e uma dupla feminina. Outro esporte no gelo que o Brasil terá representante em Sochi é a patinação artística, com Isadora Williams.

O novo projeto da CBDG, chamado de Casa Brasil, ainda vai ser apresentado ao Ministério do Esporte.

A ideia é a partir agora ter mais atletas brasileiros treinando no Canadá, nos mesmos moldes de um intercâmbio estudantil.

Em 2013, a equipe brasileira de bobsled já ficou três meses treinando no Canadá, a convite dos próprios canadenses.

Segundo o presidente da CBDG, Emilio Strapasson, os objetivos são: profissionalizar a gestão dos esportes no gelo no Brasil; transformar as modalidades em opção de carreira aos atletas; proporcionar estrutura de treinamento para que o país tenha chance de medalha na Olimpíada daqui a oito anos.

Além da parte técnica do esporte, o Brasil pretende alugar uma casa para os atletas no Canadá; contratar transporte para os atletas; firmar parceria com a cidade de Calgary e uma universidade local para proporcionar bolsas de estudos; negociar a participação da equipe brasileira de hóquei no gelo na liga regional.

O projeto ainda precisa da aprovação de recursos junto ao Ministério do Esporte.

Em 2013, via Lei Piva, a CBDG recebeu R$ 1,5 milhão do governo em repasse do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

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