O Brasil começou sua temporada de 2014 no judô com resultados aquém do esperado.
No último final de semana, a delegação brasileira obteve “apenas” duas medalhas no Grand Slam de Paris, um dos torneios mais importantes do circuito.
Foram duas medalhas: um bronze com a campeã mundial Rafaela Silva e uma prata com o jovem David Moura.
Mas o ano é longo, e o esforço para obter cada medalha, gigantesco.
Isso é estatística. A CBJ (Confederação Brasileira de Judô) fez um estudo para medir como é a temporada de um judoca que defenda a seleção nacional.
São dias, horas, meses de dedicação. Vamos aos números:
Cada judoca da equipe nacional recebe R$ 145 mil em investimento, tem de 240 horas de preparação física, viaja quinte vezes (nove para fazer treinamentos e seis para competições), faz quatro controles antidoping e quase 20 exames médicos.
Além disso, usa seis quimonos, recebe avaliações de 42 profissionais, analisa mais de 600 horas de vídeos de rivais e gasta 3.500 calorias por dia.
São 864 horas passadas exclusivamente no tatame. São 20 lutas internacionais, em média.
Tudo isso, vale lembrar, somente na seleção.
É compreensível: o judô é visto como carro-chefe do Brasil para os Jogos do Rio-2016. Ou seja, todo esforço é pouco.