O anúncio feito pela federação norte-americana de natação de que o astro Michael Phelps vai voltar a nadar ainda neste mês surpreendeu a alguns. Mas não um dos principais atletas brasileiros da atualidade: Thiago Pereira.
Rival de Phelps em três Olimpíadas, Thiago afirmou ao blog que o retorno era “questão de tempo”. “A volta do Michael era prevista, pois ele retomou os testes antidoping da Fina [Federação Internacional de Natação] já no ano passado”, disse.
Embora Phelps ainda tenha muito a nadar até uma eventual classificação para a Olimpíada do Rio, Thiago aposta que poderá vencê-lo em um novo encontro. O ianque precisaria passar pela dura seletiva de seu país em 2016 para se garantir nos Jogos.
“A volta dele, sem dúvida, vai deixar ainda mais especial a Olimpíada do Rio. Como sempre disse, nadar contra o maior nome de toda a história olímpica motiva. Foi nadando ao lado dele que consegui minhas melhores marcas. Meu foco continua sendo ser campeão olímpico em 2016 e mais uma vez vencendo o Phelps.”
O último torneio em que ambos nadaram lado a lado foi os Jogos de Londres, em 2012. Thiago foi prata na prova dos 400 m medley e viu o norte-americano ficar em quarto. Nos 200 m medley, porém, Phelps levou o ouro e o brasileiro foi quart0 colocado.
De quase dois anos para cá, muita água rolou. Thiago faturou duas medalhas no Mundial de Barcelona, na temporada passada. Phelps ficou parado, mas flertava com um retorno que agora vai se concretizar no GP de Mesa (EUA), de 24 a 26 deste mês.
Para Thiago, o astro, dono de 22 medalhas olímpicas, não estará em sua melhor forma mas não dará vexame. “Não sei exatamente qual estágio atual dele, mas se um atleta deste nível, que treina desde o início do ano, certamente não fará feio. É certo que ele não fará sua melhor marca”, disse.
“Claro que pesa bastante o ritmo de competição, já que o atleta está desde 2012 parado e as competições nos EUA são sempre muito fortes tecnicamente.”
Antes de 2016, os dois podem se rever no Mundial em piscina longa (50 m) de Kazan, na Rússia, em 2015.