NBA trará ‘exército’ de mais de 500 pessoas para jogo no Rio em outubro

Por Paulo Roberto Conde

O Brasil receberá no dia 11 de outubro, pela segunda vez, uma partida da pré-temporada da NBA. Miami Heat, atual bicampeão da liga, e Cleveland Cavaliers, que hoje conta com o brasileiro Anderson Varejão, duelarão na Arena da Barra da Tijuca, no Rio.

É o mesmo palco da apresentação do ano passado entre Chicago Bulls e Washington Wizards, também pela pré-temporada da National Basketball Association, principal e mais badalada competição deste esporte.

Em média, um jogo de NBA dura duas horas e meia. Mas um evento como esse tem uma dimensão que vai bem além.

Segundo o diretor executivo da NBA no Brasil, Arnon de Mello, uma comitiva de mais de 500 pessoas deve fazer o roteiro EUA-Brasil para o jogo no Rio.

“Cada time traz, além de jogadores e comissão técnica, entre 150 e 200 convidados. É muita coisa, em termos de hotel, transporte, estrutura… A NBA, por sua vez, traz cerca de 200 funcionários apenas para organizar a partida”, contou ao blog.

A delegação da NBA chegará à capital fluminense duas semanas antes de Heat x Cavs. Mas o serviço, na verdade, já começou. “A cada dois meses alguns organizadores da liga vêm conferir como estão os preparativos”, afirmou Arnon.

As equipe chegarão três dias antes do duelo, que ocorrerá em um sábado.

A provável presença de LeBron James, maior astro do basquete mundial na atualidade e líder do Heat, não influenciará a estrutura do evento. “Os caras são como estrelas de rock, mas a segurança será igual à do ano passado, nada mudará.”

O diretor executivo da NBA no Brasil, Arnon de Mello (Crédito: Fábio Braga/Folhapress)
O diretor executivo da NBA no Brasil, Arnon de Mello (Crédito: Fábio Braga/Folhapress)

O que a NBA Brasil cogitou mudar foi o lugar do evento. Mas a ideia morreu antes mesmo de ser estudada. Não que a Arena da Barra desagrade, mas havia um desejo de diversificar.

“O jogo vai ser de novo na Arena da Barra. Não temos condição de levar a São Paulo. Nós não queremos só um lugar. Mas não há bons lugares em São Paulo”, afirmou Arnon.

O ginásio do Ibirapuera, tradicional casa de eventos esportivos na capital paulista, frequentemente recebe críticas por problemas de climatização e acessibilidade. “É inconcebível que um jogo da NBA aconteça em uma arena sem ar condicionado. Isso pesou”, falou.

A ideia do diretor executivo da liga no Brasil era levar jogos de pré-temporada por todo o país. “Queríamos levar ao Nordeste e ao Sul do Brasil.”

Apesar de receber em dois anos consecutivos partidas da pré-temporada, para Arnon ainda é cedo pensar em trazer ao país um jogo da temporada regular da liga.

“As partidas do campeonato em si são muito próximas e impediriam que os times ficassem no Brasil, e o que nós queremos é justamente valorizar a marca da NBA e dar visibilidade a ela.”

As informações sobre venda de ingressos ainda serão divulgadas, provavelmente após a Copa do Mundo.

O ala Carlos Boozer, do Chicago Bulls, leva toco na partida em que seu time enfrentou o Washington Wizards na Arena da Barra, em outubro de 2013 (Crédito: Marcelo de Jesus/UOL)
O ala Carlos Boozer, do Chicago Bulls, leva toco na partida em que seu time enfrentou o Washington Wizards na Arena da Barra, em outubro de 2013 (Crédito: Marcelo de Jesus/UOL)