O nadador Matheus Santana, 18, entrou de vez para a elite da natação nacional na última semana.
Durante a disputa do Troféu Maria Lenk, em São Paulo, ele bateu duas vezes a marca que equivalia ao recorde mundial júnior dos 100 m livre ao cravar, na eliminatória e na final da prova, 48s85 e 48s61, respectivamente (o recorde anterior era 48s97).
A marca de 48s61 lhe rendeu a medalha de prata, só atrás de Cesar Cielo, atual recordista mundial adulto da prova, que cravou 48s13.
É um feito e tanto para alguém de sua idade. Mas ainda mais relevante se considerado o fato de que Matheus é diabético.
Não é incomum atletas de alto rendimento lidarem com essa doença, só que o velocista brasileiro já ficou fora do Campeonato Mundial Júnior de 2013 por causa dos altos índices de hemoglobina glicada.
Para não correr mais risco de perder o jovem talento nas próximas competições rumo à Rio-2016, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e o Comitê Olímpico Brasileiro vão investir no tratamento médico dele.
Médicos das duas entidades vão se reunir e traçar um modelo de acompanhamento especial para que ele não tenha problemas com a diabetes, hoje sob controle.
“Pelo que soube, eles vão me oferecer tudo o que eu precisar na parte médica de saúde. Essa questão de tratamento requer dinheiro, e muito”, afirmou Matheus.
Segundo o nadador, o gasto com compra de insulina nunca é menor do que R$ 300 ou R$ 400 por mês, ou em até menos. “Esse custo é meu ou do meu clube [Unisanta], então se conseguir uma ajuda é bom.”
Outra novidade deve ser a compra de um equipamento para regular exatamente os índices (de hemoglobina, glicose e afins) de Matheus.