A brasileira Aline Ferreira, 27, conquistou nesta quinta-feira (11) a prata no Mundial de luta olímpica, disputado no Uzbequistão. A medalha é inédita para o Brasil.
Aline perdeu a final para a norte-americana Adeline Gray na luta livre, categoria até 75 kg. É uma categoria olímpica, que vai ser disputada na Rio-2016.
Décima colocada no ranking mundial da Federação Internacional de Lutas Associadas, Aline é atleta do Sesi-SP, beneficiada do programa Bolsa Atleta do governo federal e já não é uma desconhecida ou zebra na modalidade.
Este ano, por exemplo, ela foi campeã do Grand Prix de Paris. Mas, já em 2011, em Guadalajara, no México, conquistara a também inédita medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos.
“Fiquei muito feliz com essa conquista. Estamos trabalhando há muito tempo para isso e sabíamos que uma hora a medalha viria. Graças a Deus entrei confiante e concentrada em todas as lutas e conseguir essa medalha que é muito importante para nosso esporte no país”, disse Aline, por meio da assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA).
“Por muitos anos tentamos colocar o Brasil em um lugar respeitado na luta olímpica. Com essa conquista da Aline, chegamos onde poucos países no mundo chegaram. É um passo largo em direção a medalha olímpica e para popularização do esporte entre crianças e jovens do país”, afirmou o superintendente da CBLA, Roberto Leitão, que disputou as olimpíadas de Seul-1988 e Barcelona-1992.
É mais um excelente resultado em esportes olímpicos nos quais o Brasil não tem tradição nesta semana.
No domingo, o arqueiro Marcus Vinícius D’Almeida, de apenas 16 anos, conquistou a medalha de prata na Copa do Mundo de tiro com arco, em Lausanne, na Suíça. Outra conquista inédita para o país que vai sediar os Jogos Olímpicos em menos de dois anos.
Em ambos os casos, os resultados estão aparecendo graças também ao investimento do Ministério do Esporte e do COB em esportes que distribuem muitas medalhas na Olimpíada.
Além de Aline, as lutas associadas –ou luta olímpica (que engloba a luta livre e a greco-romana)– do Brasil também tem em Laís Nunes (20ª colocada no ranking até 63 kg) outra grande esperança de medalha em torneios internacionais. Até hoje era de Joice Silva a melhor colocação brasileira em um Mundial: ela foi a oitava colocada em 2013, na categoria até 59kg.