O nadador Nicholas Santos, 34, atravessou algumas gerações no esporte que pratica.
Segundo sua própria memória recorda, competiu com Gustavo Borges e Fernando Scherer, ainda nos anos 1990, desafiou Cesar Cielo ao longo dos anos 2000 e agora vê o surgimento de uma nova geração talentosa às vésperas da Rio-2016.
Atual campeão mundial dos 50 m borboleta em piscina curta (25 m), Nicholas se diz surpreso com o potencial de Matheus Santana, 18, que no mês passado conquistou o ouro nos 100 m livre nos Jogos Olímpicos da Juventude em Nanquim, na China.
Ambos defendem a Unisanta, de Santos, e Matheus já afirmou que tem em Nicholas seu ídolo.
“Não sei aonde o Matheus pode chegar. Mesmo com tudo o que ganhou, ele tem muita coisa para melhorar e uma evolução muito grande para acontecer. Vejo o Matheus como favorito à medalha de ouro nos 100 m livre nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Eu apostaria nele”, afirmou Nicholas.
O veterano entende que a sensação da natação brasileira vai ameaçar em breve o recorde mundial dos 100 m livre, de 46s91, que pertence a Cesar Cielo. “O Matheus tem potencial para nadar a prova para 47s, talvez 46s”, disse.
Matheus tem como melhor marca pessoal na prova 48s25, tempo com o qual venceu o ouro em Nanquim (a marca também é recorde mundial júnior). É a sexta melhor marca do ano.
O australiano James Magnussen (cujo melhor tempo já feito na prova é 47s10), o norte-americano Nathan Adrian (47s52) e outro australiano, Cameron McEvoy (47s65), têm sido os destaques da prova nas últimas temporadas.
Adrian é o atual campeão olímpico e Magnussen, bicampeão mundial. McEvoy foi campeão no Pampacífico de Gold Coast, no mês passado, vencendo ambos.