Ao contrário do que tinha sido definido na reunião entre as equipes da Superliga em setembro, a final masculina será em apenas uma partida na temporada 2014/2015 e não em três.
A decisão em final única é um acordo entre a Globo e a CBV, confirmam a TV que tem o direito de transmissão dos jogos e a entidade.
O pedido de que a decisão fosse em melhor de três partidas é uma reivindicação dos clubes e de seus atletas, que reclamaram da mudança tomada após a reunião geral. O que os protagonistas do principal campeonato de vôlei do país é maior exibição dos patrocinadores e do próprio esporte no auge da competição.
O regulamento já foi publicado pela CBV, com final em um jogo só, e, de acordo com o estatuto do Torcedor, não pode mais ser alterado.
Um dos atletas mais críticos do vôlei nacional, William Arjona, 35, levantador do Cruzeiro e bicampeão da Superliga, reclamou da decisão da CBV.
“Esse ano a gente se reuniu pouco, deu uma esfriada no que estava acontecendo. Não fomos atendidos, e isso deu um baque na gente. A final em três jogos, que parecia que tinha dado certo, voltaram atrás. É difícil. Esse grupo de atletas precisa se tornar muito mais forte para reivindicar alguma coisa. Em um ano de pré-existência, porque a gente nem chegou a formalizar a Comissão de Atletas, sabia que ia ser difícil”, disse William na festa de lançamento da Superliga.
A final feminina também será em partida única, assim como acontece desde 2010. Mas essa decisão fora tomada pelos times femininos em conjunto com a Globo e a CBV.
“Com ela [Globo] está difícil mas sem ela é pior”, afirmou Gustavo Endres, 39, central do Canoas e campeão olímpico com a seleção em 2004.
Há uma semana diretor de competições da CBV, o ex-treinador Radamés Lattari tentou mas não conseguiu explicar o motivo da mudança que desagradou a clubes e jogadores.
“Os clubes do masculino estão se reunindo, conversam entre si, para saber o que é o melhor para a competição. Ainda não existe uma decisão por parte das equipes masculinas”, disse Lattari no evento de lançamento da Superliga, nesta terça-feira (21), em São Paulo.
“Por enquanto vale o que está no regulamento”, completou. Logo, final única, sem garantia de que a Globo vá transmitir outras partidas no decorrer do campeonato, apesar de a emissora passar alguns clássicos decisivos nos últimos anos. “O contrato que existe com a TV Globo não é de obrigatoriedade destas transmissões… É uma parceira antiga…”, tentou justificar o dirigente.
O SporTV, canal de TV fechada, transmitirá jogos da Superliga feminina todas as sextas-feiras, 21h30, e da masculina aos sábados, no mesmo “horário balada”.