As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze, ambas de 23 anos, ganharam na noite desta terça-feira (4) o prêmio de melhor do mundo na vela. A premiação foi entregue pela Federação Internacional de Vela, em Palma de Mallorca, na Espanha.
“Esse prêmio é o reconhecimento desse ano maravilhoso que tivemos. Estamos muito felizes pela honraria, o que prova que o caminho está certo”, disse Martine. “O Brasil, apesar de ter várias medalhas e conquistas na vela, não tem cultura náutica”, completou.
Atuais campeãs mundiais de 49erFX, nova classe olímpica, elas já são consideradas favoritas à medalha nos Jogos do Rio, em 2016.
“Esse prêmio pode, sim, ser uma inspiração para outros jovens do Brasil que estão se dedicando à modalidade. Não é fácil, mas também é possível chegar lá, basta acreditar”, explicou Kahena. “Muita gente nos pergunta sobre os Jogos de 2016, no Rio. A gente tem bastante chão pela frente. E 2015 será mais complicado, a gente precisa treinar mais para ganhar”.
A dupla que lidera o ranking mundial da classe desde novembro do ano passado e ganhou seis títulos em 2014, venceu a disputa contra a britânica Steph Bridge (kitesurfe) e a francesa Charline Picon (windsurfe).
O Brasil já faturou este prêmio da ISAF outras três vezes: Robert Scheidt, em 2001 e 2004, e Torben Grael, em 2009. Torben é pai de Martine. Assim, é a primeira vez que um pai e um(a) filho(a) ganham o prêmio que existe desde 1994.
Já entre os homens o vencedor foi o australiano James Spithill, 35, comandante do time americano Oracle, vencedor da America’s Cup. Ele concorreu com os australianos Mat Belcher e Will Ryan, os neozelandeses Peter Burling e Blair Tuke, o americano Bill Hardesty e o britânico Giles Scott.