Alguns clubes de ginástica do país reclamam da falta de apoio da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).
A entidade fez convocação para um campeonato sul-americano de menores (categorias pré-infantil, infantil e juvenil), ocorrido em outubro no Peru, e nela pede que os clubes banquem todas as despesas.
Aí entram passagem aérea com seguro saúde, hospedagem, licença da Federação Internacional de Ginástica, taxa de inscrição e transporte interno.
Para se inscrever, cada atleta teria de pagar US$ 25 e US$ 30 por licenças da Confederação Sul-Americana de Ginástica.
Um dirigente de clube afirmou à Folha que os ginastas ainda foram obrigados a adquirir agasalhos oficiais da CBG.
A circular que avisava os clubes de tais despesas foi emitida antes da seletiva, e as condições de custeio (ou não) sempre são decididas na assembleia geral da CBG, no início do ano.
Ainda assim, a situação desagrada (e muito) aos clubes.
Em setembro de 2013, a Folha publicou reportagem na qual mostrava que, apesar de verba pública, a entidade não bancava viagem de atletas das seleções de base.
Na ocasião da reportagem, a CBG alegou que não era possível bancar todas as modalidades da ginástica devido à falta de recursos de que dispunha.
A Folha entrou novamente em contato com a CBG com indagação a respeito, mas não obteve resposta a tempo desta publicação.
A CBG receberá R$ 35 milhões da Caixa Econômica Federal até 2016, ano dos Jogos Olímpicos do Rio. A entidade também tinha previsão de receber R$ 3,7 milhões da Lei Piva em 2014.
Veja abaixo circular distribuída aos clubes, assinada pela presidente, Maria Luciene Cacho Resende, e pelo supervisor da CBG, Klayler Mourthé, e obtida pela Folha.