História aponta favoritismo de cidades europeias para receber os Jogos-2024

Por Paulo Roberto Conde

Até agora, Boston, nos EUA, Roma, na Itália, e Hamburgo, na Alemanha, confirmaram intenção de  se candidatar a sede dos Jogos Olímpicos de 2024.

Das três, apenas Roma já recebeu o megaevento. Foi em 1960, uma época em que tudo o que envolvia Olimpíada era menos gigante, menos caro, menos global.

A capital italiana e a cidade do norte alemão largam na frente logo de cara. Por quê? Pois, embora o COI (Comitê Olímpico Internacional) negue veementemente, existe um rodízio continental quando o assunto são os Jogos de Verão.

Vamos aos fatos:

Desde que os Jogos de Londres-1948 emendaram nos de Helsinque-1952, jamais um continente hospedou o megaevento em sequência.

Há uma rotatividade entre Europa, Américas, Oceania e Ásia (a África nunca o recebeu). Perceba:

1948 – Londres (Europa)

1952 – Helsinque (Europa)

1956 – Melbourne (Oceania)

1960 – Roma (Europa)

1964 – Tóquio (Ásia)

1968 – México (Américas)

1972 – Munique (Europa)

1976 – Montréal (Américas)

1980 – Moscou (Europa)

1984 – Los Angeles (Américas)

1988 – Seul (Ásia)

1992 – Barcelona (Europa)

1996 – Atlanta (Américas)

2000 – Sydney (Oceania)

2004 – Atenas (Europa)

2008 – Pequim (Ásia)

2012 – Londres (Europa)

2016 – Rio (Américas)

2020 – Tóquio (Ásia)

Ou seja, não é nada matematicamente certo. Mas a história mostra que, na sequência de Américas (2016) e Ásia (2020), há uma, digamos, tendência de que o agraciado em 2024  seja uma cidade europeia ou da Oceania.

Não é impossível que um país africano se candidate, mas o COI esgotou boa parte de sua ousadia para arriscar com a Rio-2016 e com Sochi-2014 (estes, Jogos de Inverno).

Outras cidades europeias devem entrar na disputa, como Paris e Istambul. O deadline para inscrição é na metade de setembro deste ano.

A escolha da sede dos Jogos de 2024 ocorrerá em 15 de setembro de 2017, na 130ª sessão do COI, em Lima, no Peru.

Pode ser que toda esta pensata se prove equivocada e o COI decida repetir a dose nas Américas ou na Ásia. Mas, ao menos do que diz respeito à história, os europeus largam na frente.