Manhã de um domingo preguiçoso, daqueles com garoa de outono, em meio a um feriado prolongado. E, de repente, na TV, a primeira e única brasileira campeã olímpica do atletismo anuncia que antecipara a aposentadoria e não vai tentar competir nos Jogos do Rio, em 2016, como sempre sonhara.
Maurren Maggi, perto de completar 39 anos, em junho, anunciou como se fosse um mero comentário sobre as provas que a Globo transmitia ali no Hipódromo da Gávea que vai parar de saltar até o fim deste ano.
De tão pouca pompa, nem a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) nem o São Paulo FC sabiam da decisão.
O que o clube pelo qual ela é filiada pretende agora é planejar um grande evento de despedida para a campeã olímpica de Pequim-2008 no estádio do Morumbi.
A data da festa ainda depende se Maurren irá competir no Pan de Toronto, em julho. Este, aliás, outro projeto que a saltadora repetia ao menos há quatro anos, quando conquistou o tri em Guadalajara.
No momento, Maurren teria vaga no evento canadense, pois lidera o ranking nacional com 6,51 m (marca alcançada em 28 de março, em Campinas). Para ir à Olimpíada-2016, porém, ela precisaria de no mínimo 6,70 m. O que já desistiu de tentar. Nos Jogos do Rio, Maurren será comentarista da TV Globo. Durante o megaevento muito mais gente estará prestando atenção nos anúncios dela.