O que o samba e a esgrima têm em comum?
A brasileira Taís Rochel, 31, precisou se mudar para a Itália para encontrar a resposta.
Melhor do país no ranking mundial do florete (uma das três armas da esgrima, ao lado da espada e do sabre), a atleta paulista foi em 2013 para Roma treinar com as italianas, as melhores do mundo na modalidade.
Lá aprendeu algumas lições com o mestre italiano Marco Ramacci, campeão mundial por equipe em 2003. Entre elas, uma que rendeu a teoria sobre o samba.
“Ele sempre me fala que temos que sentir a esgrima. A esgrima é a arte de sentir a distância e o momento certo para o movimento. E a gente, no Brasil, não tem esse ‘feeling’ ainda. Estou buscando isso”, diz Taís ao blog Olímpicos.
Foi assim que a própria esgrimista criou a relação entre a dança e o esporte no qual já ganhou nove títulos brasileiros e três sul-americanos.
“A gente [no Brasil] joga mecanicamente, na distância errada, no tempo errado. A esgrima da brasileira é assim, meio afobada. As italianas sambam assim, como jogamos esgrima. Entende? Tem tudo a ver com o samba. A gente sabe fazer o samba fluir. É igual à esgrima das italianas. Parece tão fácil fazer esgrima. E parece tão fácil sambar. A brasileira chega e dança. As italianas falam que é muito difícil. Mas em ambos é só sentir”, explica Taís.
Neste mês de julho, Taís disputa o Mundial em Moscou, na Rússia, e os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Para conhecer um pouco mais da história da esgrimista, clique aqui.
Que comece o jogo e, por que não, o samba.