A corrida em busca dos melhores centros de treinamento no Brasil para o período de aclimatação olímpica já começou. E a Jamaica, assim como faz nas pistas, quer ser mais rápida do que os concorrentes rumo à Rio-2016.
O país do astro Usain Bolt já consultou os dirigentes do Núcleo de Alto Rendimento (NAR) de São Paulo. O complexo em Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, foi reinaugurado no início deste ano e desde então passou a chamar a atenção de potências olímpicas.
Diversos países da América Latina também já visitaram o local para saber das possíveis condições de treinamento para suas equipes olímpicas e paraolímpicas.
A mais recente a procurar o NAR para ter os equipamentos e a pista disponíveis no período anterior aos Jogos do Rio foi associação jamaicana de atletismo. Nada está certo ainda, mas a primeira vista a chance de receber Bolt & Cia. é maior do que quando o núcleo recebeu proposta para ficar disponível para a China.
Em meados de março, a direção do NAR disse que a China tinha intenção de usar as modernas dependências do núcleo, mas que não haveria acerto.
Não há custo para os esportistas de alto rendimento usarem o NAR porque, além de ser mantido por um instituto, ele conta com patrocínios. O que possibilita parceria com diversas confederações olímpicas e paraolímpicas brasileiras, por exemplo.
“Já falei com o COB [Comitê Olímpico do Brasil] que nossa ideia é trazer alguns atletas internacionais para a troca de conhecimento”, disse, em março, o empresário João Paulo Diniz, idealizador no núcleo ao lado do pai, Abilio Diniz, e de Irineu Loturco.
O nadador norte-americano Michael Phelps, por exemplo, já esteve no NAR neste ano.
“Pode acontecer de ter alguma parceria para a Olimpíada, mas vamos dar prioridade para os atletas brasileiros”, completou João Paulo à época.