Mico-leão-dourado, mico-leão-prateado e mico-leão-bronzeado?
Caso a sugestão da ONG Conservação Internacional seja aceita pelo Comitê Organizador Rio-2016, as medalhas olímpicas podem até ganhar apelidos.
Assim como aconteceu na Copa, quando uma ONG (a Associação Caatinga) sugeriu transformar o tatu-bola (Fuleco) em mascote de 2014, uma outra organização não-governamental pede que nos Jogos Olímpicos outro animal ameaçado de extinção seja lembrado.
O que a ONG quer é que o mico-leão-dourado, símbolo da Mata Atlântica e espécie endêmica do Rio de Janeiro, seja vitrine para a conservação da biodiversidade do Brasil. A mesma Conservação Internacional fez campanha para que o muriqui (espécie de primata) fosse escolhido como mascote da Olimpíada, mas não teve sucesso.
A mascote olímpica, chamada Vinícius, não representa um bicho especificamente, mas “toda a diversidade animal”, segundo os criadores.
Contudo, estar na medalha olímpica deve ser um desafio ainda mais difícil. Afinal, historicamente, tais láureas mudam muito pouco de uma edição olímpica para a outra.
A imagem mais tradicional, representada em quase todas as Olimpíadas, é a da deusa grega da vitória, Nike, em um dos lados. Do outro lado da medalha, já foram representados alguns deuses gregos, imagem de santo e representações de atletas vitoriosos.
De 1928 a 1960, por exemplo, as duas faces foram iguais. Após pouquíssimas alterações, em 1972 houve uma grande mudança no design. Nos últimos anos, no entanto, cada sede imprimiu sua própria marca em um dos lados da medalha.
Os organizadores ainda não anunciaram como serão as medalhas da Rio-2016. Nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, ao todo, serão distribuídas 4.924 medalhas de premiação e 75.000 de participação ao longo dos eventos.
Sabe-se também que elas serão fabricadas pela Casa da Moeda do Brasil.
Resta saber, agora, se alguém vai aceitar a proposta de transformar o grande objeto de desejo dos atletas em um mico (com a melhor das intenções, claro).