Não são apenas os atletas que disputam vagas para as Olimpíadas, os esportes também competem para estar nos Jogos. As 42 modalidades que estarão no Rio já estão confirmadas. Mas para Tóquio-2020 a competição entre surfe, beisebol/softbol, caratê, skate e escalada continua até reunião do COI (Comitê Olímpico Internacional), em agosto, para definir qual deles entrará no programa.
Nesta campanha, o surfe já prepara uma grande jogada (ou seria, manobra?) para os dias que precedem os Jogos de 2016. Entre 19 e 24 de julho do ano que vem vai acontecer o Festivalalma Surf, na praia do Arpoador, uma das mais famosas do Rio. Lá, entre as mostras de filmes, fotografias, exposições e outras atividades culturais, o idealizador e organizador do festival, Romeu Andreatta, diz que a ideia é reunir todos os campeões mundiais de surfe para dropar uma mesma onda.
“Queremos reunir do [australiano] Peter Townend ao [brasileiro] Gabriel Medina, todos surfando na mesma onda para entrar no Livro dos Recordes. O calendário nos ajuda, há uma janela no tour. E queremos trazer até o filho do Andy Irons [havaiano que morreu em 2010] para representá-lo”, diz Andreatta.
O surfista paulista Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, já teria sido convidado para carregar a Tocha Olímpica rumo ao Rio em 2016.
Em sua 12ª edição, o festival que mostra o surfe como arte, cultura e entretenimento conseguiu aprovação do Comitê Organizador dos Jogos Rio-2016 para utilizar a marca oficial Celebra, conferido a projetos culturais que estarão no calendário da cidade próximo às disputas esportivas.
O organizador do festival diz estar muito confiante com a entrada do surfe no programa dos Jogos Olímpicos. Segundo Andreatta, a viabilidade da modalidade será através das competições indoor.
“O COI quer incluir esportes de ação nos Jogos, pelo rejuvenescimento da marca. E para isso o surfe indoor é viável. Com uma onda artificial, pode-se excluir critérios subjetivos de julgamento, algo mais parecido com o que a ginástica faz. E também dá para acabar com o problema da TV, preocupada com que dia tem onda ou não”, afirma o empresário pioneiro do surfe no Brasil.
De acordo com ele, com cerca de R$ 2 milhões já é possível ter a tecnologia necessária, atualmente, para criar uma competição de surfe dentro de uma arena esportiva.
“Estamos muito otimistas com a entrada na Olimpíada, seria a consagração dos pioneiros do surfe”, conclui.