Dois adversários do Brasil na disputa para estar entre os dez melhores países no quadro geral de medalhas dos Jogos Olímpicos do Rio firmaram uma parceria nesta semana.
Cuba e Austrália assinaram, segundo eles mesmos, um “acordo histórico de cooperação” para compartilharem conhecimentos e para o desenvolvimento dos seus atletas e técnicos rumo à Rio-2016 e aos Jogos de Tóquio-2020.
Coincidentemente, tanto a potência olímpica da Oceania quanto a do Caribe devem lutar contra o Brasil para figurar entre os dez melhores no quadro de medalhas em 2016.
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) já anunciou que a meta é conseguir entre 27 e 30 medalhas no Rio. O que seria um recorde para o país. Esse resultado colocaria os brasileiros no top-10.
Nos Jogos de Londres-2012, por exemplo, os australianos ficaram em sétimo pelo total (35 medalhas) e 10º se levado em conta o número de ouros (7). Já os cubanos conquistaram 15 medalhas no total, sendo cinco de ouro (correspondente à 16ª posição em ambos os rankings).
O Brasil, na última Olimpíada ganhou 17 medalhas (três de ouro, cinco de prata e nove de bronze). Dependendo de qual quadro adotar, 15ª (total) ou 22ª (ouros) colocação em 2012.
Ou seja, se for muito bem no Rio, o Brasil provavelmente vai disputar com a Austrália uma melhor posição no quadro de medalhas. Se for “apenas” bem, Cuba deve ser um rival em potencial para atingir a meta do COB.
Por esse motivo, o acordo que já está valendo e, primeiramente, vale por quatro anos, entre cubanos e australianos interessa aos brasileiros.
“Essa parceria vai ajudar os atletas e os técnicos da Austrália e de Cuba para obterem sucesso no maior palco esportivo do mundo, os Jogos Olímpicos”, disse o presidente do Comitê Olímpico da Austrália, John Coates.
Eles vão trocar informações sobre ciência do esporte, medicina esportiva, e a construção de instalações esportivas, assim como promover o intercâmbio acadêmico para elevar o nível do esporte nos respectivos países.
O acordo foi assinado por Coates e pelo secretário-geral do Comitê Olímpico de Cuba, Ruperto Herrera Tabio. Outro ponto acordado é sobre a união dos países no combate ao doping no esporte.