A natação brasileira tem uma meta alta para os Jogos Olímpicos do Rio, no próximo ano.
Embora não divulgue publicamente, no âmbito interno a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) trabalha com objetivo de ter entre três (no mínimo) e cinco pódios.
A intenção da entidade é que ao menos o resultado de Atlanta-1996, o melhor da natação nacional em Jogos Olímpicos, seja igualado. Há 19 anos, foram três conquistas nos Estados Unidos: duas com Gustavo Borges (prata nos 200 m livre e bronze nos 100 m livre) e uma com Fernando Scherer, o Xuxa (bronze nos 50 m livre).
Tanto em Pequim-2008 quanto em Londres-2012 o Brasil obteve duas medalhas (três com Cielo, uma com Thiago Pereira).
Para o Rio, a CBDA enxerga que as principais possibilidades de medalha são Bruno Fratus e Cesar Cielo, nos 50 m livre, Pereira, nos 200 m medley, e o revezamento 4 x 100 m livre.
Felipe França, nos 100 m peito, é tratado como outra chance, mas correndo por fora.
Fratus (bronze) e Pereira (prata) foram medalhistas no Mundial de Kazan, na Rússia, em agosto. O revezamento 4 x 100 m livre ficou em quarto lugar.
Cielo nadou apenas os 50 m borboleta, onde foi sexto, e depois abandonou a competição sob alegação de lesão no ombro esquerdo. Ele, no entanto, é recordista mundial dos 50 m livre e já voltou aos treinos intensivos depois de ficar pouco mais de um mês afastado das piscinas.
Neste ciclo olímpico, a seleção brasileira tem sido regular. No Mundial de Barcelona, em 2013, obteve cinco medalhas, das quais quatro em provas que constam no programa olímpico. Em Kazan, foram quatro medalhas, mas apenas duas em distâncias olímpicas. Entre uma e outra, ficou em primeiro lugar no Mundial em piscina curta (25 m) de Doha, em dezembro de 2014.
O grande desafio é manter essa consistência no palco maior, que é o Rio.