Se começar a pressão, nem cavalo pula, diz Meligeni sobre a Olimpíada

Por Marcel Merguizo
Fernando Meligeni durante sabatina olímpica da Folha com o colunista de 'Esporte' Edgard Alves e o repórter Marcel Merguizo (Diego Padgurschi /Folhapress)
Fernando Meligeni durante sabatina olímpica da Folha com o colunista Edgard Alves e o repórter Marcel Merguizo (Diego Padgurschi /Folhapress)

A pressão pelo ouro chega de fininho, bate na porta da Vila Olímpica e entra no quarto, quiçá, na cabeça dos atletas.

Com uma meta entre 27 e 30 medalhas para conquistar, em casa, ela deve ser ainda maior para os brasileiros em 2016.

“Se nos primeiros dias o Brasil não ganhar medalha começa a ter pressão interna. Foi assim em Atlanta-1996”, recordou o tenista Fernando Meligeni, 44, na sabatina olímpica da Folha, nesta quarta-feira (25).

Naqueles Jogos, o Brasil bateu seu recorde de conquistas em uma única edição até então, com 15 medalhas (três ouros, três pratas e nove bronzes).

As conquistas chegaram logo no primeiro e segundo dia, com a prata de Gustavo Borges, na natação, e o bronze de Aurélio Miguel, no judô.

Como Meligeni lembra, porém, o primeiro lugar do pódio demorou a chegar com Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira, todos na vela, e Jacqueline e Sandra, no vôlei de praia.

“Depois que ganhou a de ouro, todo mundo relaxa”, disse o tenista que ficou na quarta colocação naquela Olimpíada, até hoje a melhor colocação do tênis em uma edição dos Jogos.

Ou seja, Meligeni acredita que a pressão sobre os brasileiros deve ser enorme na Rio-2016.

“Se alguém ganhar uma, duas de ouro no primeiro dia, vai tranquilo. Mas, se começar a pressão, nem cavalo pula”, brinca, recordando o caso de Baloubet du Rouet, montado por Rodrigo Pessoa, que refugou diante dos obstáculos em Sydney-2000.

Nos Jogos do Rio, as primeiras medalhas sairão logo um dia após a abertura. No sábado, 6 de agosto de 2016, já tem pódio no tiro esportivo, ciclismo de estrada, tiro com arco, judô, esgrima, levantamento de peso e natação.