O Chile já teve um número um do tênis mundial: Marcelo Rios (em 1998). Já teve um campeão olímpico em simples: Nicolas Massú (em 2004); e uma dupla: Fernando González e Massú (também em 2004). Estas, aliás, as únicas duas medalhas de ouro de chilenos na história dos Jogos Olímpicos.
Para 2016, porém, a expectativa nas quadras de tênis do Rio (e em outras modalidades também) não é das melhores para os chilenos. O melhor tenista no ranking da ATP é Hans Podlipnik-Castilho, atualmente o 176º colocado do ranking. Já na WTA, Daniela Seguel é a mais bem colocada do país na 304ª posição da lista.
“Necessitamos que algum chileno consiga se classificar para a Olimpíada ainda. Espero que nos próximos oito meses algum deles possa subir e estar nos Jogos Olímpicos”, analisa Massú.
O Chile nunca conquistou mais do que quatro medalhas uma só edição dos Jogos. Em Londres-2012, por exemplo, passou em branco. Mas Massú acredita que por a Olimpíada ser na América do Sul (a primeira no continente), isso deve empolgar tanto atletas quanto torcedores da região.
“Quanto mais esportistas tivermos nos Jogos, melhor. Vai ser uma Olimpíada especial, porque estamos perto do Rio. Espero que tenhamos resultados importantes, mas não é fácil”, afirma.
Massú foi comentarista de tênis para uma TV norte-americana dedicada aos latinos durante os Jogos de 2012. Em 2016, no Rio, ele ainda não sabe se estará a trabalho ou se irá apenas assistir, como fez durante a Copa do Mundo de futebol, em 2014.
“Se sigo sendo capitão da equipe na Copa Davis e algum chileno se classificar, vou estar no Rio. Mas hoje não há um sequer. Me encanta o Rio, me encanta o Brasil”, diz o ex-tenista que vive em Santiago.
“Aqui o futebol é muito popular, muito apaixonante. Oxalá que tenhamos muitos torcedores chilenos no Rio, mas não creio em tantos como na Copa. No Mundial vi a quantidade de chilenos, eram muitos. Não acredito que serão tantos na Olimpíada. A Copa foi algo incrível. Há muita gente que gosta de outros esportes aqui, mas não mais do que os que foram ao Mundial (2014), isso acho difícil”, conclui.