A confiança na véspera da São Silvestre era de campeão. Antes da prova, ele disse que ia bater no peito na comemoração, que não ia cruzar a linha de chegada de mãos dadas com outro brasileiro e também que o resultado falaria por ele. Solonei Rocha da Silva, 33, único maratonista brasileiro já garantido na Olimpíada do Rio (o que rende uma polêmica com os rivais), ficou na 14ª colocação na corrida de rua mais tradicional do país. A explicação?
“Foi uma prova difícil como de esperado, como disse em algumas entrevista anteriores, às vezes o corpo não responde da maneira que gostaríamos, pois os treinos estava indicando uma excelente prova, mais tudo tem um porque e agora é continuar focado nos próximos objetivos”, afirmou ao blog Olímpicos.
A marca é decepcionante para o atleta. Afinal era a terceira vez que ele corria a São Silvestre. A primeira como atleta da elite mundial. E o resultado foi um regresso.
Na primeira vez, em 2007, Solonei ainda era coletor de lixo em Penápolis (SP) quando correu a prova de 15 km em 56 min. Em 2009, logo após ser descoberto pelo atletismo de ponta, cerca de três meses após iniciar treinamento de alto rendimento, ficou em 13º, com 47 min. Na última quinta-feira (31 de dezembro) completou o percurso em 46min42 (praticamente o mesmo tempo e uma posição atrás do que já tinha feito há seis anos).
Outros três brasileiros ficaram à frente de Solonei: Giovani dos Santos (5º), Gilmar Lopes (12º) e Valério de Souza Fabiano (13º). O vencedor foi o queniano Stanley Biwott, 29, cruzou a linha de chegada na avenida Paulista em 44min31.
A resposta que ele diz que vai dar ao s críticos –foi chamado de “trouxa” e de não ser humilde antes da São Silvestre– deve ocorrer apenas em abril, quando deve correr sua única maratona (42 km) antes dos Jogos do Rio-2016.