Pão de queijo, tapioca, farofa, açaí e brigadeiro. Estas serão algumas das guloseimas típicas do Brasil que estarão disponíveis no refeitório da Vila Olímpica do Rio.
Durante os Jogos, em agosto, mais de 18 mil pessoas (entre atletas, técnicos e outros membros das delegações) de 206 países vão ficar hospedados nos prédios que estão sendo construídos na Barra da Tijuca –outros 7 mil passarão por lá na Paraolimpíada, em setembro.
Durante a hospedagem, eles terão livre acesso, 24 horas por dia, à comida italiana, asiática, brasileira, kosher entre outras, em um super-restaurante de 24.700 metros quadrados (cerca de três campos de futebol), que possuirá dez ilhas temáticas onde serão servidos 60 mil refeições por dia.
De dar água na boca. Mas também pode ser um embrulho no estômago. Afinal, existe a pressão sobre os atletas que podem conquistar uma medalha, a ansiedade para quem está pela primeira vez nos Jogos, a falta de compromisso para quem sabe que não tem chances de pódio mas quer curtir muito a festa na Vila. Ou seja, o local da alimentação (tão importante para um esportista) também se transforma no da tentação.
São várias as histórias que atletas olímpicos costumam contar (na maior parte das vezes, após a aposentadoria, sem revelar as personagens) sobre problemas relacionados ao refeitório da Vila.
Há jogadores que quebram o pacto de não comer chocolate e são repreendidos por companheiros de equipe (já deu confusão em delegação brasileira). Outros que não saem da fila do hambúrguer ou do sorvete (inclusive à noite). Enfim, os brigadeiros e pães de queijo podem ganhar novos fãs e também fazer novas vítimas no Rio.
Nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, almocei um dia na Vila dos Atletas. É uma grande praça de alimentação de shopping (sem nome das franquias) em que você pode experimentar, degustar e repetir quantas vezes quiser, sem tirar um tostão do bolso, claro.
Também é o local no qual muitos atletas se encontram com ídolos, confraternizam-se entre colegas, relaxam por alguns instantes e batem papo durante a refeição. Contudo, também pode ser o local para se lambuzar na gula olímpica.
LISTA
No ano passado, em sua página dedicada às redes sociais dos atletas, o COI (Comitê Olímpico Internacional) já listava 17 comidas típicas para servem provadas durante os Jogos de 2016.
“A cultura brasileira está cheia de pratos deliciosos. Se você estiver no Rio, não deixe de provas estes”, avisou o COI aos estrangeiros que irão competir e visitar o país em 2016.
Na lista estão: pão de queijo, fruta do conde, açaí, farofa, pastel, Romeu e Julieta (goiabada com queijo), picanha, brigadeiro, beijinho, moqueca, quindim, paçoca, feijoada, mandioca frita, mexerica (tangerina), coxinha e buffet self service.
Além da lista, o COI também ensina a pronunciar os nomes em português. Por exemplo: “bree gah day ro” (brigadeiro) e “paun dee kaydjo” (pão de queijo).
Há também uma breve explicação sobre o que é cada uma das indicações, como “açaí é uma fruta roxa-avermelhada da Amazônia que pode ser misturada com outras frutas e coberta com granola. Como um “creme” é realmente saboroso!