Sebastian Coe, 59, presidente da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), confirmou que virá para o Campeonato Ibero-Americano, que ocorrerá de 14 a 16 de maio e servirá de evento-teste para os Jogos Olímpicos do Rio.
A competição, que reúne países de língua portuguesa e espanhola das Américas, está agendada para o Engenhão, que na Olimpíada será palco do atletismo e de partidas do futebol.
Como é evento de experimento para os Jogos, outras nações serão aceitas, como a Arábia Saudita e, provavelmente, os EUA.
Principal dirigente do atletismo mundial, Coe também dirige a Associação Olímpica Britânica. Como atleta, ele ganhou quatro medalhas olímpicas (duas de ouro e duas de prata).
Em agosto de 2015, ele foi eleito presidente da IAAF. Desde então, só viu estourar bombas em seu colo.
Primeiro, com a divulgação de relatório de comissão independente constituída pela WADA (sigla em inglês para Agência Mundial Antidoping) que recomendou a expulsão da Rússia de competições internacionais devido a um sistema estatal de dopagem que envolvia atletas, técnicos, a agência nacional antidoping e até o serviço secreto.
No meio-tempo, seu antecessor na chefia da IAAF, o senegalês Lamine Diack, seus filhos e outros ex-dirigentes da entidade passaram a ser investigados pela Justiça francesa por corrupção e conivência e acobertamento de casos positivos.
Por fim, um assessor próximo de Coe pediu demissão da sigla após ter e-mail interceptado e publicado com conteúdo que supostamente indicaria ação para encobrir testes positivos. Isso tem gerado ao todo-poderoso britânico –que comandou a organização dos Jogos de Londres-2012– pressão por parte da mídia e do público.
Por ora, a Rússia está suspensa da Rio-2016. A provável última reconsideração para a derrubada da punição está prevista para ocorrer em maio.
Em meio a tudo isso, Coe passará pelo Rio.