Brasil escolhe hoje caminho olímpico no handebol

Por Marcel Merguizo
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Os técnicos das seleções masculina e feminina de handebol do Brasil escolhem, a partir das 14h desta sexta-feira (28), o caminho que desejam percorrer nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto.

O handebol, por definição de sua federação internacional, dá este privilégio ao país sede durante o sorteio dos grupos do torneio olímpico.

Assim, o dinamarquês Morten Soubak e o espanhol Jordi Ribera, respectivamente, comandantes das mulheres e dos homens do Brasil nos Jogos, poderão escolher em qual grupo vão querer jogar a primeira fase.

Serão dois grupos com seis seleções cada. As quatro melhores de cada lado se classificam para as quartas, depois semi e final.

E o sorteio ocorre da seguinte forma: a cada pote (veja abaixo a divisão), uma seleção é sorteada para uma chave e para a outra. A ordem é do pote seis até o um, e o do Brasil fica por último. Então, com cinco times em cada grupo, os técnicos brasileiros escolhem para que lado irão. Assim, a França (no feminino) e a Tunísia (no masculino) irão para os grupos que não forem os escolhidos pelos brasileiros.

Morten e Jordi, que estão no Rio para o sorteio, já montaram suas estratégias. Mas mantêm a cautela e esperam o sorteio dos países para definir o que fazer. Ambos possuem estatísticas dos confrontos contra todos os adversários possíveis para auxiliá-los na decisão.

A seleção feminina, campeão mundial em 2013, é uma das favoritas ao pódio. Nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, porém, caiu nas quartas de final ao perder confronto eliminatório contra a campeã olímpica Noruega. As brasileiras ficaram na primeira colocação do grupo na primeira fase, enquanto as norueguesas (hoje atuais campeãs mundiais também) foram quartas colocadas.

Essa experiência pode pesar no momento da escolha de Morten: afinal, não basta ficar no grupo mais fácil, mas também pensar no cruzamento das quartas. Ao mesmo tempo, caso um mesmo grupo seja evidentemente mais fraco e tenha Argentina e Angola (equipes que o Brasil está acostumado a vencer), por exemplo, isso deve influenciar a escolha dos donos da casa.

Já a seleção masculina não goza do favoritismo das mulheres. Além disso, há consenso de que o handebol entre os homens é mais equilibrado mundialmente. Desta forma, não será possível para Jordi já pensar no cruzamento das quartas de final no momento do sorteio. A escolha será pelo grupo mais acessível. E, neste caso, não é possível definir um deles como mais fácil, em razão da força europeia. Ou seja, não é uma definição simples a princípio.

Para dificultar ainda mais para os brasileiros, os confrontos contra a Argentina costumam ser muito equilibrados nos últimos anos e, o Qatar, atual vice-campeão do mundo, tem tantos jogadores naturalizados que chegará com a mesma força dos europeus ao Rio. Restará ao Brasil escolher o grupo em que seja possível passar de fase.

Para prestar atenção: Noruega, no feminino, e França, no masculino, são os principais favoritos ao ouro olímpico. Nos últimos Mundiais, as brasileiros foram eliminadas pela Romênia e, os brasileiros, pela Croácia, ambos nas oitavas (fase que não existe nos Jogos Olímpicos, que contam com menos equipes).

Se for possível apontar, os grupos da morte seriam: Noruega, Romênia, Montenegro, Espanha e Coreia do Sul (no feminino); França, Dinamarca, Croácia, Qatar e Egito (no masculino). O Brasil tem a chance de escolher e escapar deles, se for o caso.

Veja os potes que definirão o sorteio olímpico do handebol, nesta sexta, às 14, na Arena do Futuro, dentro do Parque Olímpico do Rio:

Potes do feminino
1 – Noruega e Holanda
2 – Romênia e Rússia
3 – Suécia e Montenegro
4 – Brasil e França
5 – Espanha e Argentina
6 – Coreia do Sul e Angola

Potes do masculino
1 – França e Polônia
2 – Eslovênia e Dinamarca
3 – Croácia e Suécia
4 – Brasil e Tunísia
5 – Alemanha e Qatar
6 – Argentina e Egito

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