Entre fotos e preços altos, megaloja da Rio-2016 na praia atrai colecionadores e curiosos

Por Marcel Merguizo
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As crianças logo avançam sobre as mascotes dos Jogos Olímpicos (Vinícius) e Paraolímpicos (Tom). Adultos param em frente as camisetas e tentam escolher o modelo que mais agrada. Colecionadores debruçam-se sobre as moedas comemorativas.

A maioria deles, porém, no domingo (10), apenas tiravam fotos, faziam selfies e levavam na câmera do celular as lembranças da Rio-2016.

Na megaloja da Rio-2016 inaugurada a 12 dias na praia de Copacabana, há opções para todos os gostos olímpicos. Mas não necessariamente para os bolsos, segundo alguns clientes.

Um Tom ou um Vinícius de pelúcia custa R$ 115. As camisetas, em média, R$ 100. Já as moedas variam de R$ 13, a mais simples, a R$ 1.1180 cada, a de ouro.

Segundo uma das vendedoras da parte destinada à Casa da Moeda, dentro da megaloja, mais de 20 destas moedas de ouro já foram vendidas no local, principalmente a colecionadores.

De acordo com o comitê organizador da Rio-2016, 140 mil pessoas visitaram a megaloja na primeira semana, com 7.250 transações realizadas. O gasto médio por pessoa foi de R$ 170.

Mascotes, sandálias de dedo e a linha de camisetas e bonés estão entre os mais vendidos, segundo a Rio-2016. Sobre qual das mascote vende mais, o comitê diz que “estão tecnicamente empatados” (apesar de os dois tamanhos do Vinícius estarem esgotados na loja online).

Além de itens básicos, o visitante ainda pode comprar uma (mini) réplica da tocha olímpica (R$ 550), cadeira de praia (R$ 220), vinhos (de R$ 55 a R$ 80), maiô (R$ 180, da coleção da ex-nadadora Fabíola Molina) ou pincel para pintar o rosto de verde-amarelo (R$ 20).

“Sem noção. Está muito caro. Isso aqui é para gringo”, diz a carioca Conceição Fonseca, que visitou a loja e tirou várias fotos junto com a também moradora de Copacabana Angelina Moura. “Falta de respeito”, completou a amiga.

Alguns visitantes, porém, saíram com as sacolas cheias, como a mãe e filha, Augusta e Anice Bergamim. “Compramos várias coisas no Pan [2007], na Copa [2014] e agora estes da Olimpíada. É para mim mas também uns prsentinhos”, diz Anice.
O comitê diz que a megaloja de Copacabana vendeu três vezes mais do que era esperado para esse momento. E, pelo histórico de outros Jogos, sabe que cerca de 70% de todas as vendas de produtos licenciados acontecem durante os 17 dias de evento (entre 5 e 21 de agosto).