OlímpicosAtleta – Olímpicos http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br Notícias, comentários e bastidores de todos os esportes Thu, 22 Sep 2016 15:00:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Encerramento sem cerimônia http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/09/22/encerramento-sem-cerimonia/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/09/22/encerramento-sem-cerimonia/#respond Thu, 22 Sep 2016 15:00:37 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=3007 Fogos na cerimônia de encerramento da Paraolimpíada (Crédito: Simon Bruty for OIS/IOC/AFP)
Fogos na cerimônia de encerramento da Paraolimpíada (Crédito: Simon Bruty for OIS/IOC/AFP)

Depois de 288 posts desde que foi ao ar, no dia 8 de novembro de 2013, o blog Olímpicos chega ao seu fim.

Ele nasceu para contar os preparativos, as histórias, os bastidores e as curiosidades de tudo o que envolveu os Jogos do Rio-2016, recém-finalizados.

Eu e o grande amigo Marcel Merguizo tivemos a honra de tocar esse espaço de conversa com vocês e, por vezes, nos surpreendemos muito com o retorno positivo e os debates gerados a cada publicação.

Agora é hora de encerrar as atividades. A cobertura dos esportes olímpicos continua no jornal impresso e no site da Folha.

Obrigado!

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‘O esporte deu visibilidade à pessoa com deficiência’, diz Clodoaldo Silva http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/09/07/o-esporte-deu-visibilidade-a-pessoa-com-deficiencia-diz-clodoaldo-silva/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/09/07/o-esporte-deu-visibilidade-a-pessoa-com-deficiencia-diz-clodoaldo-silva/#respond Thu, 08 Sep 2016 01:09:55 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2999 Grande homenageado entre os atletas na cerimônia de abertura dos Jogos Paraolímpicos, nesta quarta-feira (7), ao acender a pira no Maracanã, Clodoaldo Silva, 37, é um dos grandes responsáveis pela popularização do esporte para deficientes no Brasil. Um dos esportistas mais divertidos e de bem com a vida do país, ele concedeu este depoimento, abaixo, ainda inédito, ao blog Olímpicos em março deste ano, no qual explica que quase desistiu há quatro anos.

Explica-se: desde 1998, Clodoaldo competia na classe S4 (as classificações vão de 1, a de maior comprometimento, a 10, a de menor). Assim conquistou a maioria de suas medalhas (seis ouros, 13 no total) olímpicas em Sydney-2000 e Atenas-2004.

Em Pequim-2008, porém, foi reclassificado para a S5. Reclamou, mas foi mantido na classe em que, diz, os atletas tem “funcionalidade maior” do que a dele. “Eu saio de cima do bloco, mas não tenho impulso. Eles têm. Eles têm também ondulação e virada olímpica, eu não”, explicou.

Clodoaldo teve paralisia cerebral, devido à falta de oxigenação durante o nascimento, o que afetou os membros inferiores na questão da coordenação motora. “Minha deficiência é estável e vai ficar pior, a idade me deu duas hérnias de disco, contraídas porque passei para a classe acima. Fisicamente eu consigo, mas fica complicado competir de igual para igual, porque o esforço é maior”.

Confira, abaixo, o depoimento de Clodoaldo Silva:

Clodoaldo Silva acende a pira paraolímpica no Maracanã (Zanone Fraissat/Folhapress)
Clodoaldo Silva acende a pira paraolímpica no Maracanã (Zanone Fraissat/Folhapress)

“Já tenho 13 medalhas em Paraolimpíadas, a do Rio será minha quinta edição dos Jogos, e quero pendurar minha sunga.

Mas pensei em parar em 2012, em Londres.

O que aconteceu: eu estava no auge da minha forma mas, um mês antes, acabei me lesionando na academia. Corri o risco de ser cortado. Briguei com CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) para estar em Londres, mesmo sabendo que minhas chances eram reduzidas.

Atleta quer estar bem, mesmo que saiba que não vai conseguir medalha. Minha melhor colocação foi um lugar quarto nos 50 m livre.

Saí frustrado não porque não ganhei medalha, não porque perdi para o cara do lado, mas porque perdi para a lesão (no ombro esquerdo, quando estava levantando 110 kg na academia, em 2012, um mês antes dos Jogos).

Não aposentei pela pressão, no bom sentido, da seleção e das milhares de mensagens que recebi. E, principalmente, por ser esta a Paraolimpíada no Brasil.

Minha filha (Anita) nasceu em 2011 e, em 2012, tinha menos de um ano. Imaginei: em 2016, com cinco anos (ela vai ter 4 anos na Paraolimpíada, em setembro), no Brasil, quero ter essa emoção.

Desde os 2 anos e meio ela fala “vai papai”. Ela chega e diz: “Papai, quando você for nadar, você vai ganhar o ursinho (mascote) pra mim e a medalha para a mamãe”.

Sei da minha responsabilidade dentro e fora da água.

Quando comecei em 1998, o esporte paraolímpico não tinha visibilidade, não tinha investimento, a sociedade brasileira não sabia o que era.

Em 2004 foi um divisor de águas, o Brasil ganhou 14 medalhas de ouro, eu ganhei seis de ouro e uma de prata em Atenas. O Brasil começou a conhecer os atletas. Ali me tornei um grande referencial, um ícone não só do movimento esportivo, mas das pessoas com deficiência.

Veio investimento, visibilidade, surgimento de novos atletas da natação, como André Brasil e Daniel Dias, na natação, como Alan Fonteles, no atletismo, e outros em tantas outras modalidades que não tinham visibilidade.

Sabendo de tudo isso, porque não ficar mais quatro anos? Depois me aposento.

Vai ser o Clodoaldo que quer fechar com chave de ouro uma trajetória que começou em 1998.

Quero curtir todos os momento. Sei da responsabilidade. Acho que vou contribuir muito mais como atleta na Paraolimpíada do que como dirigente.

Quando falo em fechar com chave de ouro não necessariamente é estar no lugar mais alto do pódio.

As Paraolimpíadas tem um recado para toda a sociedade brasileira: as pessoas com deficiência não são coitadinhas, não precisam de piedade, precisam de oportunidade, ter suas leis respeitadas.

Espero que esse seja o maior legado dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos: a questão educacional, cultural e social para a sociedade.

Foi o esporte que deu visibilidade e por ele os governantes começaram a ver que tem que dar boas condições para a pessoa com deficiência. Todos somos consciente da nossa missão.”

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Uma má notícia que põe fim à euforia dos Jogos Olímpicos do Rio http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/31/uma-ma-noticia-que-poe-fim-a-euforia-dos-jogos-olimpicos-do-rio/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/31/uma-ma-noticia-que-poe-fim-a-euforia-dos-jogos-olimpicos-do-rio/#respond Wed, 31 Aug 2016 17:55:43 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2977 Cerimônia de encerramento (Fabrizio Bensch/Reuters)
Imagem da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio (Fabrizio Bensch/Reuters)

Nem bem a Olimpíada passou e a realidade do país já faz apagar qualquer sinal de festa.

Na semana que se seguiu ao encerramento dos Jogos do Rio, uma notícia já põe em xeque o legado esportivo que o megaevento deixará.

Trata-se da possibilidade, quase concreta, de o Estado de São Paulo ficar fora dos Jogos Escolares da Juventude, que são organizados pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) e reúnem jovens de duas faixas etárias: de 12 a 14 anos (categoria mirim) e de 15 a 17 anos (infantil).

Os Jogos da Juventude ocorrerão em João Pessoa, na Paraíba, entre 20 e 29 de setembro para a primeira categoria e em novembro para a segunda. O evento é importante por reunir os melhores atletas-estudantes do país.

Veja só quem já o disputou: Sarah Menezes, Erika Miranda e Mayra Aguiar (judô); Raulzinho (basquete) e os nadadores Brandonn Almeida, Leonardo de Deus e Etiene Medeiros. TODOS estiveram na Olimpíada de 2016.

São Paulo é a maior potência da competição. É o Estado que mais somou medalhas nos Jogos da Juventude.

Todo o problema começou em maio, quando a Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude informou que as competições seletivas para os Jogos estavam suspensas por tempo indeterminado porque o governo não havia regulamentado a Lei Federal 13.019/2014 –que dispõe sobre parcerias entre administração pública e sociedade civil–, que entrou em vigor em fevereiro deste ano.

Mesmo depois de uma regulamentação em âmbito estadual, a secretaria não concretizou os ajustes necessários para angariar parceiros para realizar as tais seletivas. Assim, a última classificatória regional, que estava prevista para ocorrer nos últimos dias 26, 27 e 28, em Águas de Lindoia, não se realizou.

É uma questão burocrática, uma vez que o Ministério do Esporte destina aos governos estaduais recursos exclusivamente voltados para a realização de jogos escolares.

Ao Estado de São Paulo caberia custear o transporte da delegação paulista para as duas categorias dos Jogos, que seria de 243 integrantes. O custo total ficaria em torno de R$ 240 mil. A hospedagem, alimentação e traslados ficam a cargo do COB, que oferece o mesmo serviço aos outros Estados.

Procurado pelo blog, a secretaria paulista emitiu a seguinte nota: “Devido às mudanças implementadas pela regulamentação da Lei Federal 13.109, obrigando a abertura de chamamento público para celebrar convênios com instituições da sociedade civil, a Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude (SELJ), em virtude dos prazos, não conseguirá realizar uma das quatro seletivas dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP) na categoria mirim. A SELJ está trabalhando para que São Paulo envie seus representantes aos Jogos Escolares da Juventude deste ano. A participação dos estudantes está garantida para a próxima edição.”

A pasta tenta uma reviravolta de última hora, já que o prazo final de inscrições para a categoria mirim é no próximo dia 5.

Segundo o COB, 51 dos 465 atletas que compuseram a delegação nacional nos Jogos do Rio participaram dos Jogos da Juventude.

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Encontros e desencontros do Brasil com seus técnicos estrangeiros http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/25/encontros-e-desencontros-do-brasil-com-seus-tecnicos-estrangeiros/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/25/encontros-e-desencontros-do-brasil-com-seus-tecnicos-estrangeiros/#respond Thu, 25 Aug 2016 10:07:30 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2963 Jesus Morlan em Lagoa Santa (Moacyr Lopes Junior/Folhapress)
Jesus Morlan em Lagoa Santa (Moacyr Lopes Junior/Folhapress)

Dois espanhóis. Um fica em busca do ouro inédito em Tóquio. O outro ainda não sabe.

Jesus Morlán, da canoagem velocidade, conduziu Isaquias Queiroz a três medalhas (um recorde!) no Rio.

Jordi Ribera, do handebol, conduziu a equipe masculina às quartas de final (fato inédito!) no Rio.

Jesus fica. O COB quer. Ele quer. Os atletas querem. E todos querem mais.

Jordi sai. Recebeu proposta da Espanha e será o técnico da equipe de seu país, além de assumir a direção técnica da Real Federação Espanhola de Handebol. Há algum tempo tinha propostas tentadoras da Europa. Clubes grandes o queriam. Mas os jogadores brasileiros também.

Em conversa com dois dos atletas da seleção, após a eliminação diante da poderosa França, fica clara a preocupação. E a falta de um projeto. Ambos ficaram com lágrimas nos olhos ao falar da importância do treinador para formar esta ascendente equipe brasileira de handebol. Parecia uma despedida.

Um deles foi além. Disse que o Brasil não continuará entre os oito melhores do mundo sem Jordi. Não há técnico no Brasil para substituí-lo, diz. E, fora, não há quem os conheça suficientemente bem para continuar o trabalho.

Enquanto isso, na canoagem, Jesus cumpre a promessa de ficar caso conquistasse uma medalha no Rio. Levou três comandando Isaquias e Erlon Souza.

“Estou muito feliz. Recebi muito carinho no Brasil. E carinho se devolve com medalhas, não com abraços. Se ficasse sem, morreria de vergonha porque eu tinha que dar essa opção de vida melhor para os meninos. Não era pressão, era responsabilidade”, afirmou à Folha.

O basquete já perdeu Rubem Magnano, campeão olímpico com a Argentina em 2004, mas eliminado na primeira fase no Rio.

Dos 40 estrangeiros que dirigiram seleções brasileiras nos Jogos do Rio, o COB diz que pretende manter a maioria. Ou aumentar, se possível for. É política do comitê rumo à Olimpíada de Tóquio.

Tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais, tem gente que vem e quer voltar, tem gente que vai e quer ficar, tem gente que veio só olhar, tem gente a sorrir e a chorar.

Jordi Ribera durante os Jogos do Rio (Javier Soriano/AFP)
Jordi Ribera durante os Jogos do Rio (Javier Soriano/AFP)
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Se chorei ou se sorri… http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/23/se-chorei-ou-se-sorri/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/23/se-chorei-ou-se-sorri/#respond Tue, 23 Aug 2016 11:43:32 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2953 Cerimônia de encerramento (Fabrizio Bensch/Reuters)
Cerimônia de encerramento (Fabrizio Bensch/Reuters)

Choro

José Roberto Guimarães deixa pela última vez a área de entrevistas do Maracanãzinho. Já passa da meia-noite, como nos dias pares anteriores. Desta vez, o silêncio impera. Ele caminha para o vestiário onde estão as 12 jogadoras, provavelmente todas ainda chorando. Para e olha para trás por um segundo, ali ainda estão mais de 30 jornalistas e voluntários que acabaram de ouvir suas palavras, tristes, após a inexplicável eliminação.

Antes de ir embora, cinco dos jornalistas que acompanharam todos os jogos da seleção feminina de vôlei descem alguns degraus em direção ao tricampeão olímpico. Ele chama um a um pelo nome, cumprimenta, dá um abraço, agradece e, no fim, pede desculpas. Como se tivesse sido abraçado por Felipe, neto de Zé Roberto, choro.

 

Sorriso

Bernardinho está mais calmo. Sabe que não pode cobrar essa geração tricampeã olímpica como cobrava a anterior, do bi em 2004. Está mais velho, claro, pensando em cuidar das filhas que não viu crescer. A mais nova, nem sequer viu nascer. E guarda isso como um preço que o sucesso no vôlei o fez pagar. Sacrifícios por seis medalhas olímpicas como técnico, além da prata como jogador.

Obviamente segue perfeccionista. Nem mesmo o tradutor colocado à disposição durante as entrevistas escapa. Educadamente, a partir do segundo dia de partidas, o técnico da seleção dispensa o(a) tradutor(a) e faz ele mesmo as duas versões das respostas, em inglês e português –às vezes em espanhol. Até a pergunta dos jornalistas ou a resposta do filho Bruninho (os capitães também são obrigados a falar com a imprensa) Bernardinho não se contém e traduz.

Mas naquele que pode ter sido o último dia dele como técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, na última pergunta, em certo momento, ele ri. Alto para os padrões de entrevistas coletivas. Gargalhada como pouco se vê durante o trabalho do exigente líder.

Bernardinho brinca, diz que até mesmo os sócios estão cobrando sua presença nos negócios. E faz propaganda do restaurante Delírio Tropical. Momento merchandising. Ri. Está, enfim, mais leve consigo mesmo. Dois jornalistas entram na brincadeira, dizem que ele será punido pela FIVB por fazer propaganda na Olimpíada. “Pode suspender por dez jogos”, deleita-se, inclinando-se para trás na cadeira, seu trono de campeão olímpico no Rio, sua cidade. Depois de dias ímpares de entrevistas tensas, muitos riem com ele.

 

Abertura

Gisele Bundchen vai desfilar na cerimônia de abertura? “Maybe”, diz a resposta oficial. Não é fácil descobrir segredos da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Mas, em casa, o jornalista sabe (ou acha que sabe) para onde atirar. Como um atleta do tiro com arco, vê-se o alvo, mira-se nele, mas no caminho há vento, tensão, erro. Mesmo assim, é preciso atirar.

Quem vai acender a pira? Quem vai cantar? Quem vai ser homenageado? Quem, quem, quem? Os segredos são revelados em um guia, logo na chegada do estádio. Um roteiro que mostra passo a passo o que vai acontecer. Ou o que deveria. Por esse guia, por exemplo, sabia-se que Michel Temer seria anunciado. E não o foi. Também se descobriria que Paulinho da Viola cantaria o Hino Nacional.

O que nenhum roteiro traz é a informação: “neste momento, todos choram”. E foi assim quando Paulinho começou a tocar e cantar. Depois, novamente, no desfile de Gisele ao som de “Garota de Ipanema”. E canção atrás de canção. Naquele momento, no dia da abertura, já era possível saber que a trilha sonora dos Jogos do Rio teria o acréscimo de alguns acordes com suspiros, lágrimas e soluços.

 

Encerramento

Se o suspense toma conta da cerimônia que abre os Jogos, na festa de encerramento era possível ver fantasias, adereços e até o campo do Maracanã sendo decorado na véspera. Bastava acessar o caminho que levava à final masculina do vôlei, no Maracanãzinho. Um grande Carnaval estava sendo programado. Óbvio. Nem por isso menos empolgante quando a festa começou no estádio.

Ingleses, costa-riquenhos, alemães, brasileiros. Todos –ou quase todos, pois alguns ainda trabalhavam àquelas altas horas do domingo–, caíram no samba. Fotos, vídeos, transmissões ao vivo pelas redes sociais. O medo de ser punido por qualquer imagem captada durante os Jogos acaba na festa de encerramento. Sorrisos. No metrô, nos ônibus, nas ruas, sob chuva, atletas, membros de delegação, torcedores deixam o Maracanã com pedaços de fantasias e adereços. Parte do que querem levar de recordação dos últimos 17 dias no Rio de Janeiro. E o sentimento que no Brasil tudo acaba em Carnaval. Ainda bem.

 

Emoções

Tente não chorar ao presenciar a mãe de um atleta, na arquibancada, vendo seu filho ou filha recebendo ou perdendo uma medalha olímpica.

 

Emoções

Do silêncio absoluto antes da largada até os gritos histéricos da chegada, tente não sorrir vendo Usain Bolt vencer mais uma prova, sorrindo.

 

De chorar

Piscina verde, Lochte, filas, Lochte, alimentação cara, falta de alimentação, Lochte, problemas na Vila, Lochte, torcida mal educada, lugares vazios, Lochte, gastos público, despoluição, Lochte.

 

De sorrir (com lágrimas nos olhos)

Wu, Rafaela, Mayra, Baby, Hypolito, Nory, Zanetti, Braz, Poliana, Isaquias (3 vezes), Erlon, Robson, Ágatha, Bárbara, Martine, Kahena, Alison, Bruno, Weverton, Maicon, Serginho, torcida bem humorada, Bolt, Phelps, Biles, cerimônias, Hortência, Vanderlei, Guga (1.000 vezes), Jogos do Rio.

William abraça Serginho no pódio (Dominic Ebenbichler?Reuters)
William abraça Serginho no pódio (Dominic Ebenbichler?Reuters)
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Uma madrugada bárbara no Mineirão vista nos bastidores do Maracanãzinho http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/13/uma-madrugada-barbara-no-mineirao-vista-nos-bastidores-do-maracanazinho/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/08/13/uma-madrugada-barbara-no-mineirao-vista-nos-bastidores-do-maracanazinho/#respond Sat, 13 Aug 2016 13:24:27 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2942 2

Acaba o jogo da seleção feminina. Quarta vitória, nenhum set perdido. As jogadoras vão para o ritual que criaram no Rio: a volta olímpica cumprimentando os torcedores à beira da quadra. O DJ toca “Tempo de Alegria” e a voz de Ivete Sangalo vira uma espécie de trilha sonora de “Feitiço do Tempo”. Uma rotina que se repete a cada dois dias no Maracanãzinho, sempre depois da meia-noite.

Depois começa o protocolo de entrevistas. Primeiro uma jogadora fala com a torcida que ainda permanece no ginásio. A entrevistadora oficial é Betina Schmidt (ex-promessa da seleção de vôlei, ex de Bruninho, modelo e agora apresentadora de TV). Após a formalidade, vêm as TVs e as rádios. Só então as jogadoras passam por um corredor para falar com a imprensa escrita. Umas param, outras correm para o vestiário.

No fim, chega a hora do papo com Zé Roberto. Na madrugada desta sexta para sábado, porém, foi diferente.

O técnico da seleção não parou na chamada “zona mista” apenas para conceder entrevista. Zé assistiu à decisão por pênaltis entre Brasil e Austrália.

Ele caminhava tranquilamente ao lado do assessor de imprensa da seleção Vicente Condorelli, logo após Marta perder sua cobrança e a goleira Bárbara colocar o Brasil de volta à disputa com outra defesa. Quando soube o que estava ocorrendo ali, o treinador acelerou o passo e conseguiu ver as cobranças decisivas.

Assistiu à classificação épica no Mineirão diretamente de um corredor nos bastidores do Maracanãzinho. Como as imagens vinham do laptop de um dos repórteres, via Internet, Zé, jornalistas e voluntários ficaram sabendo da vitória pelos gritos vindos do vestiários. Naquele momento, as jogadoras da seleção já estavam assistindo à disputa do futebol por uma TV. E a segunda grande vibração da madrugada ecoava em gritos agudos pelos corredores. Segundos depois, por meio de um monitor colocado no chão da “zona mista”, Zé viu outras meninas em festa nos Jogos Olímpicos. Que madrugada bárbara para o Brasil.

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Imprensa ganha repelente do comitê organizador para encarar os Jogos Olímpicos do Rio http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/26/imprensa-ganha-repelente-do-comite-organizador-para-encarar-os-jogos-olimpicos-do-rio/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/26/imprensa-ganha-repelente-do-comite-organizador-para-encarar-os-jogos-olimpicos-do-rio/#respond Tue, 26 Jul 2016 18:37:45 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2888 Repelente contido no kit de imprensa distribuído nos Jogos do Rio (Crédito: Paulo Roberto Conde/Folhapress)
Repelente contido no kit de imprensa distribuído nos Jogos do Rio (Crédito: Paulo Roberto Conde/Folhapress)

A imprensa presente ao Rio para a cobertura dos Jogos Olímpicos começou a receber nesta segunda-feira (25) os kits que tradicionalmente são dados a cada edição do evento.

O mimo geralmente é composto de uma mochila, guias de operação para os jornalistas e outros badulaques como pins, bloco de anotações, camisetas.

No kit distribuído na capital fluminense, além da mochila e do guia de mídia há um único item, que se destaca: um frasco de repelente.

Em meio à onda de críticas e abandonos por causa do vírus da zika, a inclusão dele no kit é mais do que justificável.

Estima-se que mais de 20 mil jornalistas de todo o mundo virão ao Rio para os Jogos Olímpicos.

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Fora da Olimpíada do Rio, Tiago Splitter vai ser anfitrião de espaço da NBA no porto carioca http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/21/fora-da-olimpiada-do-rio-tiago-splitter-vai-ser-anfitriao-de-espaco-da-nba-no-porto-carioca/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/21/fora-da-olimpiada-do-rio-tiago-splitter-vai-ser-anfitriao-de-espaco-da-nba-no-porto-carioca/#respond Thu, 21 Jul 2016 13:30:07 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2845 Fora dos Jogos Olímpicos do Rio por causa de uma lesão, o ala-pivô Tiago Splitter participará do evento como embaixador da NBA House (“Casa da NBA”), que será montada na cidade durante alguns dias da competição.

A ideia da instalação é reunir fãs da modalidade, expor a marca, vender produtos e mostrar o troféu de campeão da liga. A casa ficará aberta de 12 a 21 de agosto no Boulevard Olímpico, no porto do Rio. A entrada será franca.

Splitter será uma das atrações no empreendimento. Outro será o tricampeão Bruce Bowen, que viveu seu auge na NBA com o San Antonio Spurs. Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a NBA também montou um ponto para divulgar suas atividades.

O ala-pivô brasileiro em jogo pelo Atlanta Hawks, em dezembro (Crédito: Maddie Meyer/Getty Images/AFP)
O ala-pivô brasileiro em jogo pelo Atlanta Hawks, em dezembro (Crédito: Maddie Meyer/Getty Images/AFP)

“Vai ser muito bacana, uma oportunidade para eu poder conversar com o público, estar perto dos fãs brasileiros que curtem, acompanham o basquete da NBA. A NBA House é também uma chance para a criançada de respirar um pouco esse ‘mundo NBA’, ver os mascotes, as dançarinas, interagir com os seus ídolos”, disse Splitter, de 31 anos, que também defendeu os Spurs (pelo qual foi campeão) e atualmente joga no Atlanta Hawks.

O brasileiro seria figura certa na convocação do argentino Rubén Magnano para a seleção brasileira. Mas, em fevereiro, ele teve de se submeter a uma cirurgia devido a grave lesão no quadril, o que o tirou da Rio-2016.

Splitter também será comentarista de basquete da TV Globo na Olimpíada.

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Símbolo sul-africano, ex-jogador diz que rúgbi no Rio será maior emoção desde encontro com Mandela http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/20/simbolo-sul-africano-ex-jogador-diz-que-rugbi-no-rio-sera-maior-emocao-desde-encontro-com-mandela/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/20/simbolo-sul-africano-ex-jogador-diz-que-rugbi-no-rio-sera-maior-emocao-desde-encontro-com-mandela/#respond Wed, 20 Jul 2016 10:19:18 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2837 Chester Williams, 45, ainda se lembra quando, naquele 24 de junho de 1995, Nelson Mandela entrou no vestiário dos Springboks.

Faltavam poucos minutos para o início da final da Copa do Mundo de rúgbi e o estádio Ellis Park, em Johannesburgo, estava apinhado. A África do Sul, recém-saída do apartheid e cujo único negro era Chester, desafiaria a toda-poderosa Nova Zelândia.

“Lembro de Nelson Mandela andando até o vestiário para dar boa sorte, as pessoas paravam boquiabertas, eu entre elas. Ele era o símbolo de uma nova África do Sul”, afirmou Chester ao blog, ele próprio um dos símbolos do fim do apartheid, horas antes de correr com a tocha olímpica em Curitiba, na quinta-feira passada (14).

Os sul-africanos derrotaram os neozelandeses há 21 anos. Agora, bem mais velho, o ex-jogador contou que a volta do rúgbi aos Jogos Olímpicos 92 anos depois de sua última aparição (em Paris-1924) se trata de uma emoção, se não tão grandiosa quanto o título mundial, ao menos semelhante.

O sul-africano Chester Williams carrega a tocha em Curitiba (Crédito: Gaspar Nóbrega/Inovafoto)
O sul-africano Chester Williams carrega a tocha em Curitiba (Crédito: Wander Roberto/Bradesco)

“Estou muito empolgado com o fato de o rúgbi ser parte da Olimpíada pela primeira vez em cem anos”, disse, para em seguida complementar como condutor da tocha. “É uma honra pessoal por, de alguma forma, ser parte dos Jogos. Carregar a tocha é uma conclusão de uma grande trajetória que vivi.”

Aqui cabe um parêntese. O rúgbi que será disputado no Rio de Janeiro será no formato sevens (com sete jogadores em campo e 14 minutos de disputa), bem diferente do formato “union”, com 15 de cada lado e duração muito maior, bem mais tradicional –a Copa do Mundo, disputada a cada quatro anos, tem uma das maiores audiências do planeta.

Chester acredita que a diferença de estilos é insignificante. “Será muito bom ver tantas nações celebrando o rúgbi, é isso o que importa.”

Ele considera sua África do Sul, Fiji, Nova Zelândia, Samoa, Austrália e Reino Unido como maiores favoritos à medalha de ouro. Também disse que os EUA correm por fora, como azarões. “Será muito equilibrado, disso todos podem estar certos”, afirmou.

O Brasil ainda engatinha, mas Chester tem contribuído com vindas periódicas para dar clínicas a jovens atletas.

Se o país não respira o rúgbi, na avaliação do sul-africano o Rio vai causar impacto. “As pessoas do Brasil podem não entender muito de rúgbi, mas vão se envolver porque é divertido, apaixonante.”

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Pare o que você está fazendo e veja esse vídeo sobre os Jogos Paraolímpicos http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/14/pare-o-que-voce-esta-fazendo-e-veja-esse-video-sobre-os-jogos-paraolimpicos/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/07/14/pare-o-que-voce-esta-fazendo-e-veja-esse-video-sobre-os-jogos-paraolimpicos/#respond Thu, 14 Jul 2016 23:48:01 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2824

A TV britânica Channel 4 lançou nesta quinta-feira (14) um espetacular vídeo promocional para os Jogos Paraolímpicos do Rio.

Detentora dos direitos de transmissão dos Jogos que começam em 7 de setembro, a emissora reuniu mais de 40 atletas paraolímpicos para a sequência da série chamada “Super Humanos”, que iniciou nos Jogos de Londres-2012.

“Queremos ser quentes e festeiros, o que se encaixa no ponto em que a jornada do movimento paraolímpico está ligada, para ser popular e inclusiva. Mas também se encaixa com o Brasil, que tem a imagem de um lugar alegre para se divertir, o aspecto do Carnaval do Brasil”, disse Dan Brooke, chefe de marketing e comunicação do Channel 4 ao jornal britânico “The Guardian”.

A trilha sonora é de Sammy Davis Jr, e é possível baixar a música “Yes, I Can” no site “We are the superhumans”. O lucro será revertido à Associação Paraolímpica Britânica.

Além dos mais de 40 atletas (confira lista abaixo), participaram do vídeo de 3 minutos uma banda composta por músicos com deficiências, em um elenco total com cerca de 120 pessoas também com alguma deficiência.

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Confira a lista de atletas do vídeo:

Hannah Cockcroft (GBR) – corrida de cadeira de rodas 00:32
Mel Nicholls (GBR) – corrida em cadeira de rodas 00:34
Joren Teeuwen (HOL) – salto em altura 00:37
Matt Stutzman (EUA) – tiro com arco 00:49
Equipe britânica de rúgbi em cadeira de rodas Team 1:00 & 2:24
Iaroslav Semenenko (UCR) – natação – 1:26
Richard Whitehead (ING) – atletismo 1:27 & 2:09
Equipe britânica de basquete em cadeira de rodas 1:32
Piers Gilliver e Dimitri Coutya (ING) – esgrima 1.35 & 2:11
Ellie Simmonds (ING) – natação 1:54
Libby Clegg (ING) – atletismo 1:55
Sam Ruddock (ING) – arremesso de peso 1:56
Jody Cundy (ING) – ciclismo 1:57
David Weir (ING) – corrida em cadeira de rodas 1:57
Will Bayley e Kim Daybell (ING) – tênis de mesa 2:07
Jessica Jane Applegate (ING) – natação 2:10
Ali Jawad (ING) – levantamento de peso 2:11
Natalie Blake (ING) – levantamento de peso 2:11
Micky Yule (ING) – levantamento de peso 2:12
Chris Skelley e Jack Hodgson (ING) – judô 2.30

 

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