OlímpicosComitê Olímpico Internacional – Olímpicos http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br Notícias, comentários e bastidores de todos os esportes Thu, 22 Sep 2016 15:00:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Desistência de Hamburgo dos Jogos de 2024 é mais um duro golpe para o COI http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/11/30/desistencia-de-hamburgo-dos-jogos-de-2024-e-mais-um-duro-golpe-para-o-coi/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/11/30/desistencia-de-hamburgo-dos-jogos-de-2024-e-mais-um-duro-golpe-para-o-coi/#respond Mon, 30 Nov 2015 19:26:23 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2077 O veto à participação de Hamburgo na corrida olímpica para os Jogos de 2024, definido neste domingo (30) após plebiscito na cidade, representa mais um duro golpe à credibilidade do COI (Comitê Olímpico Internacional).

E, por que não dizer?, ao futuro do maior evento esportivo do planeta.

Hamburgo é a segunda maior cidade da Alemanha e, se não era considerada de antemão uma favorita a sediar a competição (Paris e Roma são mais badaladas, digamos), entraria na contenda com força graças à pujança econômica do país e também pelo fato de o atual presidente do COI, Thomas Bach, ser alemão.

Em uma pré-seleção interna realizada em março, Hamburgo havia até mesmo superado Berlim como indicada. Mas nem isto foi suficiente para dissipar as dúvidas sobre o que realmente representa sediar os Jogos Olímpicos atualmente.

Olimpíadas são caras (Sochi-2014 custou quase R$ 200 milhões), de legado incerto (Atenas-2004 tem uma profusão de instalações abandonadas) e promessas infinitas, mas realidade nem sempre tão segura (o que será do Rio-2016, que atualmente tem custo total estimado em cerca de R$ 39 bilhões?).

Os alemães de Hamburgo entenderam isso. Ainda mais agora, em um momento em que pesam sobre diversos órgãos esportivos internacionais suspeitas –e comprovações pesadas.

Cidadão vota no referendo que decidiu barrar candidatura de Hamburgo (Crédito: Axel Heimken/Efe/EPA)
Cidadão vota no referendo que decidiu barrar candidatura de Hamburgo (Crédito: Axel Heimken/Efe/EPA)

Leia-se aí o escândalo na cúpula da Fifa, a rede de dopagem estatal na Rússia, a corrupção da IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), supostas fraudes nas escolhas das Copas de 2018, 2022, e, agora, até mesmo na da Alemanha-2006.

Em resumo, o esporte está em xeque. Investir em megaeventos é um risco. As pessoas têm se dado conta disso e o COI tem pagado o pato.

Apenas para ilustrar, a corrida para ser sede dos Jogos Olímpicos de 2012 teve nove cidades aplicantes: Paris, Moscou, Londres, Nova York, Madri, Leipzig, Rio, Istambul e Havana.

Destas, quatro foram eliminadas (Havana, Istambul, Rio e Leipzig) e cinco entraram na fase de candidatura, de fato, e foram até a rodada final. Londres acabou eleita em 2005 a sede e promoveu um evento espetacular há pouco mais de três anos.

Para os Jogos de 2016, cujo vencedor foi o Rio, houve outros três finalistas (Madri, Tóquio e Chicago). Para os de 2020, foram três cidades na decisão (Tóquio, Madri e Istambul). Ou seja, o número tem caído a cada ciclo.

Agora, vejamos como fica a corrida para 2024. Com a saída de Hamburgo, são apenas quatro cidades pretendentes –além de Roma e Paris, Budapeste e Los Angeles também são pré-aplicantes.

As remanescentes podem sair, a exemplo dos alemães. A data-limite de inscrição era 15 de setembro deste ano, e a escolha da sede ocorrerá em 2017, em Lima, no Peru.

O prefeito de Hamburgo, Olaf Scholz, após o referendo que optou pela saída da cidade da corrida para 2024 (Crédito: Axel Heimken/Efe/EPA)
O prefeito de Hamburgo, Olaf Scholz, após o referendo que optou pela saída da cidade (Crédito: Axel Heimken/Efe/EPA)

O risco, altíssimo, é o de acontecer algo similar ao processo de escolha dos Jogos de Inverno de 2022 –Pequim foi eleita. Ao longo da campanha, quatro cidades cancelaram suas candidaturas: Estocolmo (falta de apoio político), Cracóvia (decisão popular), Lviv (crise na Ucrânia) e Oslo (falta de garantias do governo).

Os noruegueses eram os favoritos para ganhar a disputa.

Depois de tantos abandonos, sobraram apenas Pequim e Almaty, no Cazaquistão, em uma das mais constrangedores eleições de sede olímpica. A contragosto, porque seria a segunda Olimpíada de Inverno consecutiva na Ásia (Pyeongchang, na Coreia do Sul, será o palco em 2018), os membros do COI elegeram a capital chinesa.

Em meio a essa desconfiança toda sobre seu maior produto, o COI lançou em dezembro do ano passado a Agenda 2020, uma série de 40 determinações para modernizar o movimento olímpico. Os principais tópicos falam de tornar o processo de escolha e a realização da competição, bilionária, mais sustentável.

A julgar pelo humor do público em relação aos Jogos, 2024 tem tudo para ser um novo estorvo para o comitê olímpico.

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Coletânea sobre criador da Olimpíada ganha tradução para o português http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/10/14/coletanea-sobre-criador-da-olimpiada-ganha-traducao-para-o-portugues/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/10/14/coletanea-sobre-criador-da-olimpiada-ganha-traducao-para-o-portugues/#respond Wed, 14 Oct 2015 11:00:43 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1903 Devido ao fato de os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, serem os primeiros realizados em um país de língua portuguesa, um livro que reúne as ideias e textos do fundador do Movimento Olímpico foi traduzido para o idioma e será lançado no mês que vem no Brasil.

“Pierre de Coubertin: Olimpismo – Seleção de Textos”, da editora da PUC-RS, é um colosso de 892 páginas que disseca vida e obra do francês Pierre de Coubertin (1863-1937) –o livro já tinha versões em inglês, alemão, francês e espanhol.

Foi Coubertin que fundou o COI (Comitê Olímpico Internacional) em 1894, criou os Jogos Olímpicos da chamada “era moderna” e cunhou o Olimpismo, a filosofia de vida por meio dos ideais olímpicos e do esporte.

O livro é editado pelo expert alemão Norbert Müller, um dos maiores estudiosos sobre Movimento Olímpico e Coubertin no mundo, e pelo brasileiro Nelson Todt, coordenador do grupo de pesquisa em Estudos Olímpicos da PUC-RS e presidente do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin.

Müller também é presidente do Comitê Internacional Pierre de Coubertin.

Capa de "Pierre de Coubertin: Olimpismo - Seleção de Textos" (Crédito: Reprodução)
Capa de “Pierre de Coubertin: Olimpismo – Seleção de Textos” (Crédito: Reprodução)

O prólogo do livro é assinado pelo atual presidente do COI, o alemão Thomas Bach. Lá pelas tantas, Bach afirma estar certo de “que esta primeira antologia de textos de Coubertin oferecerá novos conhecimentos e novos impulsos ao Movimento Olímpico nos países de língua portuguesa”.

O sobrinho-neto de Coubertin, Geoffroy de Navacelle, também assina texto introdutório da obra.

O lançamento oficial da obra traduzida para o português ocorreu no último sábado (10), em Lisboa. Haverá dois eventos semelhantes no Brasil: no dia 6 de novembro, no Rio, em local a ser definido; e uma semana depois em Porto Alegre, no Museu de Ciências e Tecnologia da capital gaúcha.

O francês Pierre de Coubertin, fundador do Comitê Olímpico Internacional (Crédito: Reprodução)
O francês Pierre de Coubertin, fundador do Comitê Olímpico Internacional (Crédito: Reprodução)

Ele não será vendido e tem uma tiragem inicial de 200 exemplares.

A boa notícia é que o livro pode ser lido gratuitamente por meio deste link aqui: http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-0736-2.pdf

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COI já teve escândalo similar ao da Fifa e foi investigado pela Justiça dos EUA http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/06/08/coi-tambem-passou-por-escandalo-que-gerou-investigacao-da-justica-dos-eua/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/06/08/coi-tambem-passou-por-escandalo-que-gerou-investigacao-da-justica-dos-eua/#respond Mon, 08 Jun 2015 11:00:09 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1543 O ex-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, durante audiência em Washington em dezembro de 1999; Samaranch morreu em 2010 (Crédito: Joe Marquette - 15.dez.1999/Associated Press)
O ex-presidente do COI, Juan Antonio Samaranch, durante audiência em Washington em dezembro de 1999; Samaranch morreu em 2010 (Crédito: Joe Marquette – 15.dez.1999/Associated Press)

Uma avalanche de denúncias de corrupção abala as estruturas da Fifa e da CBF e mancha a imagem do futebol, esporte número 1 do Brasil, em todo o mundo.

Mas vale lembrar que maracutaias não são privilégios –ou, diríamos, malefícios– dos gramados. O mundo olímpico também ficou escaldado com um imbróglio de enormes proporções ocorrido entre o final do século passado e o início deste.

A crise girou em torno da escolha da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002. Salt Lake City, nos EUA, derrotou a suíça Sion, a sueca Östersund e a canadense Québec para conquistar o direito de receber o megaevento –a eleição ocorreu em 1995.

Três anos depois, em 1998, veio à tona uma bomba sem precedentes: o suíço Marc Hodler, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional) e um dos votantes, denunciou pagamento de propina que os líderes da candidatura norte-americana deram aos seus pares em troca de votos.

Entre os presentinhos, eram concedidas bolsas em universidades em Utah, dinheiro, benefícios médicos e até lotes de terra aos membros (ao todo, mais de 70 membros visitaram pessoalmente a cidade).

No total, a candidatura de Salt Lake City torrou cerca de US$ 16 milhões à época na campanha (o que hoje daria quase R$ 50 milhões, a se acrescentar a inflação do período).

Depois que Hodler expôs as manobras, quatro investigações foram abertas: no Departamento de Justiça dos EUA (que agora investiga a Fifa), no Comitê Organizador dos Jogos de Salt Lake, no Comitê Olímpico dos EUA e no próprio COI.

A cúpula do comitê organizador caiu quase que inteiramente. O COI recomendou a expulsão de sete de seus membros: Augustin Arroyo (Equador), Zein Abdel Gadir (Sudão), Jean-Claude Ganga (Congo), Lamine Keita (Mali), Charles Mukora (Quênia), Sérgio Fantini (Chile) e David Sibandze (Suazilândia). Outros receberam sanções.

Com a imagem extremamente arranhada, o COI propôs e introduziu uma série de mudanças no processo de candidaturas olímpicas e em seu próprio modus operandi.

Limitou os presentes a seus membros, estabelecendo tetos de preços, restrição para mandatos de presidente e criou normas de transparência.

Seu presidente à época, o espanhol Juan Antonio Samaranch, que estava no poder desde 1980, decidiu não tentar novo mandato –o belga Jacques Rogge ascendeu à presidência em 2001, de onde só saiu em 2013.

O COI batalhou anos para resgatar sua credibilidade depois do escândalo, mas manteve os Jogos de Inverno de 2002 em Salt Lake City.

De certa forma, a polêmica também serviu para a entidade lançar em 2014 a Agenda 2020, pacote de 40 itens para modernizar e lhe tornar mais transparente.

Ainda assim, há desconfiança nos processos de candidatura. Talvez ela nunca se dissipe.

Como também não devem jamais se dissipar as ressalvas sobre tudo o que a Fifa executar.

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Jeitinho brasileiro para a Lagoa ‘caber’ na Rio-2016 http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2013/11/10/jeitinho-brasileiro-para-a-lagoa-caber-na-rio-2016/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2013/11/10/jeitinho-brasileiro-para-a-lagoa-caber-na-rio-2016/#respond Sun, 10 Nov 2013 17:40:13 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=37 Há alguns meses, o Comitê Organizador da Rio-2016 tomou um belo susto. Foi informado de que o espaço da Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal da cidade, era curto demais para sediar as competições de remo e canoagem de velocidade. Estava fora dos padrões internacionais pedidos.

Não era muita coisa. Cerca de 200 m satisfariam as exigências do COI (Comitê Olímpico Internacional) e da federação internacional do esporte.

Mas esses quase 200 m não existem, e não podem mais ser criados. A Lagoa, por razões óbvias, não pode ser aumentada.

Aos organizadores, restou a opção de remover de lá as competições. Cogitaram remanejar o evento para outra parte da cidade, mas perderiam o “fator Lagoa” (para quem não conhece, é aquela que hospeda uma árvore de Natal gigante todo final de ano).

Confrontados com a situação, dirigentes e ex-atletas, alguns de muito renome no cenário mundial, defenderam a permanência dos eventos no local. E ganharam a disputa.

Remo e canoagem de velocidade, até segunda ordem, ficam na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Mas e os 200 m? Ah, sim…

A organização da Rio-2016 já resolveu o problema. Vai recuar a largada das provas e pôr mecanismos para garantir a segurança dos competidores na linha de chegada.

 

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