Olímpicosesgrima – Olímpicos http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br Notícias, comentários e bastidores de todos os esportes Thu, 22 Sep 2016 15:00:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Programação para entender o que ‘Star Wars’ e ‘Que Rei Sou Eu?’ têm em comum com a Olimpíada http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/01/08/programacao-para-entender-o-que-star-wars-e-que-rei-sou-eu-tem-em-comum-com-a-olimpiada/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2016/01/08/programacao-para-entender-o-que-star-wars-e-que-rei-sou-eu-tem-em-comum-com-a-olimpiada/#respond Fri, 08 Jan 2016 10:08:09 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=2245
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No país da monocultura esportiva, é comum ouvir a reclamação de iniciantes e iniciados: onde encontro (mais) informações sobre modalidades olímpicas?

Quem pratica, quer dividir. Quem desconhece, quer saber. Quem é fã, quer mais. Pois para iniciar o ano olímpico, o Sesc traz uma programação muito interessante para quem quer chegar mais bem preparado aos Jogos do Rio, em agosto –mesmo que seja vendo pela TV de casa.

A 21ª edição do Sesc Verão, que começa nesta sexta (8) e vai até 28 de fevereiro, foi inspirada nos Jogos Olímpicos e levará à rede de unidades de São Paulo as mais diversas modalidade olímpicas e algumas que ainda podem entrar nos Jogos de 2020 e 2024.

Com o tema “Qual o Esporte que te Move?”, a programação do Sesc tem de atividades esportivas e aulas abertas até bate-papos com importantes atletas do país. Haverá exposições sobre os esportes olímpicos também: esgrima (no Sesc Pompeia), maratona (Bom Retiro), vela (Santo André), rúgbi (Belenzinho), futebol feminino (Interlagos) e ginástica artística (Santana).

Boa chance para entender o que “Star Wars” e “Que Rei Sou Eu?” têm em comum com a Olimpíada.

Veja abaixo o resumo de algumas atividades. A programação completa está no portal do Sesc: www.sescsp.org.br/sescverao

Annakin Skywalker, segurando um sabre de luz de Star Wars, no museu Madame Tussauds, de Londres (Justin Tallis/AFP)
Annakin Skywalker, segurando um sabre de luz de Star Wars, no museu Madame Tussauds, de Londres (Justin Tallis/AFP)

EXPOSIÇÃO ESGRIMA (Sesc Pompeia)

A exposição tem o intuito de apresentar esse esporte de combate, em que os competidores utilizam armas para atacar e defender. Além de apresentar os tipos de armas, suas principais características, regras e história da modalidade, haverá espaço para curiosidades numa divertida inserção pelos quadrinhos, cinema e TV. A esgrima entrou no cinema com tanta força que criou até um gênero de filmes, batizado de “Capa e Espada”. Estarão representados na exposição filmes, desenhos e até novela em que a espada teve papel de destaque: A Marca do Zorro (1920), Os Três Mosqueteiros, 1948; Scaramouche, 1952; A Espada Era a Lei, 1963; Tartaruga Touché, 1962; Tartarugas Ninjas, 1984; Que Rei Sou Eu?, 1989; Kill Bill Vol. 1, 2003; Série Star Wars. Livre. Grátis.

08/01 a 28/02. Terça a domingo das 10h às 18h

Disputa pelo ouro no sabre, uma das três armas da esgrima, nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 (Dmitry Lovetsky/AP)
Disputa pelo ouro no sabre, uma das três armas da esgrima, nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 (Dmitry Lovetsky/AP)

AMBIENTAÇÃO QUAL O ESPORTE QUE TE MOVE? VELA – (Sesc Santo André)

O Sesc Santo André traz para dentro de seu Espaço de Eventos uma ambientação cenográfica interativa propõe a experimentação e o conhecimento sobre a vela, um esporte náutico que rendeu ao Brasil, até hoje, 17 medalhas olímpicas, eternizando campeões como Lars Grael, Robert Scheidt, Torben Grael, entre outros. No Espaço de Eventos. Livre. Grátis.

09/01 a 28/02. Terça a sexta, das 10h30 às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 10h30 às 18h

EXPOSIÇÃO 42,195: MEMÓRIAS EM QUILÔMETROS (Sesc Bom Retiro)

Um convite para vislumbrar, a partir da história, a construção de limites e superações de um corpo impregnado de memórias, que ressurge, simbolicamente, a cada nova maratona, contornado por outras geografias, trazendo o sentido de novas paisagens para uma modalidade que permanece nos Jogos Olímpicos até os dias atuais. Espaço de Exposições. Livre. Grátis.

08/01 a 28/02. Terça a sexta, das 9h às 20h30. Sábados, das 10h30 às 18h30. Domingos, das 10h30 às 17h30

EXPOSIÇÃO “O FUTEBOL DELAS” (Sesc Interlagos)

Exposição que retrata por meio de textos, vídeos, fotografia e objetos pessoais de atletas e comissão técnica a história de 20 anos da participação da seleção brasileira nas cinco edições do torneio olímpico de futebol feminino. Curadoria: Luciene de Castro. Projeto cenográfico: Cinco5Onze/Artificio. Local: Hall de exposições. Livre. Grátis.

08/01 a 10/04. Quarta a domingo, das 10h às 16h

EXPOSIÇÃO GINÁSTICA 360° (Sesc Santana)

Exposição temática que apresentará o esporte enquanto elemento cultural. A modalidade Ginástica Artística será apresentada por meio de vídeos, textos, imagens e totens multimídia, que contarão a história do esporte, seus personagens, mitos, curiosidades e a evolução dos movimentos gímnicos. Área de Convivência. Livre. Grátis.

09/01 a 28/02. Terça a sexta, das 10h às 21h. Exceto 10/2. Sábados, domingos e feriado, das 10h às 18h

EXPOSIÇÃO RUGBY: ESPORTE E SUPERAÇÃO (Sesc Belenzinho)

Exposição que reúne por meio de materiais, fotos e textos, fatos históricos, curiosidades e o contexto da modalidade do Rugby no Brasil e no mundo. Mezanino do ginásio. Livre. Grátis

08/01 a 28/02. Terça a sábado, das 9h às 21h30. Domingos, das 9h às 19h30

 

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As árduas conquistas desvalorizadas #AgoraÉQueSãoElas http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/11/05/as-arduas-conquistas-desvalorizadas-agoraequesaoelas/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/11/05/as-arduas-conquistas-desvalorizadas-agoraequesaoelas/#respond Thu, 05 Nov 2015 12:40:32 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1990 A arma está com elas. Não apenas nas mãos, mas nos ideais, nas vozes, nas atitudes. O blog Olímpicos, então, convida a atleta Karina Lakerbai* para contar neste espaço por que #AgoraÉQueSãoElas. Porque é direto delas. Porque a luta é maior do que a pela vaga olímpica empunhando um sabre, é no combate diário nesta árdua e bela modalidade: ser mulher. Touché!

Karina Lakerbai na Academia Paulista de Esgrima (Adriano Vizoni/Folhapress)
Karina Lakerbai na Academia Paulista de Esgrima (Adriano Vizoni/Folhapress)

“As mulheres têm ganhado espaço para falar da violência que sofreram e sofrem diariamente. Desde a #meuprimeiroassedio, passando pela violência do projeto de lei do Eduardo Cunha, até entrar na polêmica do tema da redação do ENEM. Em geral, é aquela que enxergamos com mais facilidade, a física. Gostaria de aproveitar o espaço para falar de um tipo de violência contra a mulher que todos nós contribuímos diariamente sem nos darmos conta: desvalorizando os difíceis espaços conquistados. No meu caso, a perspectiva que me cabe nesse momento, na véspera da Olimpíada, é um olhar para o esporte.

Sou atleta de esgrima, esporte presente desde a primeira Olimpíada. Ele é composto por três modalidades: sabre, espada e florete. Infelizmente, não nessa ordem, do ponto de vista óbvio de uma sabrista. A primeira Olimpíada aconteceu em Atenas, em 1896, a primeira participação feminina foi no florete em 1924, quase três décadas depois. A primeira participação do sabre feminino em Olimpíadas foi em 2004, também em Atenas. Seria uma coincidência memorável se não fosse um argumento trágico. Não preciso fazer a conta por vocês.

O que é importante dizer sobre essa primeira Olimpíada é que o Brasil classificou uma atleta, ou talvez seja melhor dizer que a atleta classificou o Brasil, diante do investimento da época: Élora Pattaro. Um simples Google levará vocês para todas as notícias subsequentes dessa conquista histórica. Gosto desse exemplo por ser uma mulher num esporte pouco conhecido no Brasil. Há três dias, num voo de Paris para São Paulo, após uma Copa do Mundo, quando perceberam que eu era atleta, logo perguntaram a modalidade, o comentário que veio foi: “Nossa, e como você consegue praticar esgrima num país que não tem neve”. A mais memorável foi quando um taxista disse: “Nossa, esgrima, que legal! E você não tem medo de cair do cavalo?”. Meu ponto é, num país em que o esporte é pouco conhecido, tivemos uma participação olímpica conquistada logo na primeira edição.

Mas quantas não foram as conquistas de outras mulheres no esporte?! Para simplificar a história, vou partir para um exemplo simples na modalidade que é conhecida com a paixão nacional: o futebol. No futebol feminino temos a Marta eleita pela FIFA, por cinco anos consecutivos, como a melhor jogadora de futebol do PLANETA. Quando foi a primeira ou a última vez que viram uma entrevista com ela? Tenho que dizer que ELAS medalharam em competições importantíssimas nos últimos 8 anos, inclusive Copa do Mundo. Contudo, assistimos todos os jogos de todos os campeonatos com jogadores da seleção masculina que nos deixaram com um 7 a 1 engasgado. Enquanto a seleção brasileira de ginástica artística feminina disputava a competição classificatória para as Olimpíadas, os canais esportivos passavam a segunda divisão do campeonato inglês e jornais esportivos comentando o futebol, masculino.

Já que vocês leram esse texto até aqui, gostaria de contar que as mulheres conquistaram quase a metade das medalhas dos Jogos Pan-Americanos de Toronto (2015), falando apenas em ouros por ordem de conquista temos: Erika Miranda do judô, Ana Sátila da canoagem, Etiene Medeiros da natação, Joice Silva da luta livre, Juliana Santos do atletismo, conjunto de ginástica rítmica geral e com fitas, Yane Marques do pentatlo moderno, Patricia Freitas da vela, Valéria Kumazaki e Natália Brozulatto do caratê, equipe de handebol e de futebol. Pessoal, a lista de medalhas é longa. E aí, quantas delas vocês conhecem?

Convido todos vocês a participarem um pouco mais dessas conquistas femininas, valorizarem as equipes que trazem resultados gratificantes, atletas com garra que, assim como todas as mulheres, sofreram algum tipo de violência típica da sociedade em que vivemos. Enterrem o 7 a 1 com as vitórias do Pan de Toronto de diversas modalidades. Saibam que toda a discussão em pauta sobre a mulher e todas as suas dificuldades existem do esporte para dentro também.”

* Karina Lakerbai, 26, esgrimista, octacampeã brasileira e campeã dos Jogos Sul-Americanos de 2014 no sabre. É graduada em Ciências Sociais com bacharelado e licenciatura pela Universidade Federal de SP e trabalhou no Comitê para Democratização da Informática (CDI) e Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS)

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O que o samba e a esgrima têm em comum? http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/06/29/o-que-o-samba-e-a-esgrima-tem-em-comum/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/06/29/o-que-o-samba-e-a-esgrima-tem-em-comum/#respond Mon, 29 Jun 2015 12:49:42 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1592
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O que o samba e a esgrima têm em comum?

A brasileira Taís Rochel, 31, precisou se mudar para a Itália para encontrar a resposta.

Melhor do país no ranking mundial do florete (uma das três armas da esgrima, ao lado da espada e do sabre), a atleta paulista foi em 2013 para Roma treinar com as italianas, as melhores do mundo na modalidade.

Lá aprendeu algumas lições com o mestre italiano Marco Ramacci, campeão mundial por equipe em 2003. Entre elas, uma que rendeu a teoria sobre o samba.

“Ele sempre me fala que temos que sentir a esgrima. A esgrima é a arte de sentir a distância e o momento certo para o movimento. E a gente, no Brasil, não tem esse ‘feeling’ ainda. Estou buscando isso”, diz Taís ao blog Olímpicos.

Foi assim que a própria esgrimista criou a relação entre a dança e o esporte no qual já ganhou nove títulos brasileiros e três sul-americanos.

“A gente [no Brasil] joga mecanicamente, na distância errada, no tempo errado. A esgrima da brasileira é assim, meio afobada. As italianas sambam assim, como jogamos esgrima. Entende? Tem tudo a ver com o samba. A gente sabe fazer o samba fluir. É igual à esgrima das italianas. Parece tão fácil fazer esgrima. E parece tão fácil sambar. A brasileira chega e dança. As italianas falam que é muito difícil. Mas em ambos é só sentir”, explica Taís.

Neste mês de julho, Taís disputa o Mundial em Moscou, na Rússia, e os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Para conhecer um pouco mais da história da esgrimista, clique aqui.

Que comece o jogo e, por que não, o samba.

 

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Brasileiro de 12 anos ganha prêmio internacional por atitude honesta http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/05/12/brasileiro-de-12-anos-ganha-premio-internacional-por-atitude-honesta/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/05/12/brasileiro-de-12-anos-ganha-premio-internacional-por-atitude-honesta/#respond Tue, 12 May 2015 19:53:28 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1477
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O jovem esgrimista brasileiro Guilherme Murray, 12, vai receber o diploma internacional de Fair Play (jogo limpo, em tradução livre do inglês) por um ato de honestidade durante o Campeonato Pan-Americano, em Aruba, em agosto do ano passado.

Atleta infantil de esgrima, Guilherme alertou o juiz para um erro que tinha lhe beneficiado. O árbitro havia marcado um ponto decisivo para o brasileiro, classificando-o para a próxima fase. Mas o próprio Guilherme avisou que não havia tocado no adversário, do Peru, com seu florete. O ponto foi revertido para o oponente, e Guilherme foi eliminado do campeonato infantil nas oitavas de final.

A atitude rendeu reconhecimento da ONG Panatlhon Club São Paulo, que o indicou ao prêmio internacional.

“A fim de reconhecer o seu comportamento exemplar”, diz Comitê Internacional pelo Fair Play em carta enviada à família de Guilherme, e “sob os auspícios do presidente do COI [Comitê Olímpico Internacional]”, o brasileiro será premiado em 7 de outubro de 2015, em cerimônia em Baku, no Azerbaijão.

Bicampeão brasileiro de florete e campeão brasileiro de espada, armas da esgrima ao lado do sabre, o jovem atleta segue uma tradição esportiva da família.

Ele é bisneto de Sylvio de Magalhães Padilha, atleta de destaque continental dos 400 m com barreira nos anos 1930 e, posteriormente, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (1963 a 1991) e membro do comitê executivo do Comitê Olímpico Internacional, nos anos 1970 e 1980.

 

 

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Mundial de esgrima em abril de 2016 será evento-teste dos Jogos do Rio http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2014/11/25/mundial-de-esgrima-em-abril-de-2016-sera-evento-teste-dos-jogos-do-rio/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2014/11/25/mundial-de-esgrima-em-abril-de-2016-sera-evento-teste-dos-jogos-do-rio/#respond Tue, 25 Nov 2014 19:03:02 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1117 O Campeonato Mundial de florete feminino e sabre masculino, por equipes, será realizado em abril de 2016, no Rio, e servirá como evento-teste da esgrima para os Jogos Olímpicos, que acontecem de 5 a 21 de agosto.

A decisão foi tomada pela FIE (Federação Internacional de Esgrima) nesta semana e selecionou as duas armas porque as disputas por equipes de ambas não estarão no programa da Rio-2016. Será a primeira vez que o Brasil recebe um evento de tamanha importância na esgrima.

A explicação é a seguinte: nos Jogos do Rio não haverá provas por equipe no sabre masculino e no florete feminino em razão do rodízio que acontece a cada edição olímpica. Ou seja, haverá provas das seis modalidades individuais (florete, espada e sabre, tanto no masculino quanto no feminino) mas apenas quatro por equipes.

Como em ano de Jogos Olímpicos não há Campeonato Mundial, com exceção das armas que não participam da Olimpíada naquele ano, a competição de sabre masculino e florete feminino será feita no Rio, em abril de 2016, já com a intenção de testar a arena que vai ser construída dentro do Parque Olímpico da Barra.

Assim, ficou acordado entre a FIE, o comitê organizador da Rio-2016 e a Confederação Brasileira de Esgrima que haverá duas competições como evento-teste no local: além do Mundial já citado, o Grand Prix de espada masculina e feminina, um na sequência do outro.

O Campeonato Mundial (com todas modalidades) acontece em 2015 em Moscou, na Rússia, e, depois, em 2017, em Leipzig, na Alemanha.

 

O esgrimista brasileiro Renzo Agresta (à dir.) enfrenta o alemão  Benedikt Wagner na disputa de sabre em Londres-2012
O esgrimista brasileiro Renzo Agresta (à dir.) enfrenta o alemão Benedikt Wagner na disputa de sabre em Londres-2012 (Sergei Ilnisky/Efe)
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Atletas levam esgrima a Paraisópolis; projeto só tem dinheiro para 3 meses http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2014/04/03/atletas-levam-esgrima-a-paraisopolis-projeto-so-tem-dinheiro-para-3-meses/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2014/04/03/atletas-levam-esgrima-a-paraisopolis-projeto-so-tem-dinheiro-para-3-meses/#respond Thu, 03 Apr 2014 13:44:38 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=493 “Um por todos, todos por um.”

O lema é de “Os Três Mosqueteiros”, mas pode ser de Paraisópolis em breve. E o “um”, no caso, é o esporte. Mais especificamente a esgrima, aquela dos mosqueteiros.

A ideia é de alguns dos principais atletas brasileiros da modalidade: levar o tradicionalíssimo esporte olímpico para a maior favela da capital paulista.

Desde ontem, crianças da comunidade que reúne mais de 40 mil habitantes tem a oportunidade de conhecer por meio de aulas a esgrima.

Segundo a ABE (Associação Brasileira de Esgrimistas), que idealizou o projeto, na primeira aula apareceram 32 crianças para as 20 vagas disponíveis. Já há lista de espera.

Projeto Mosqueteiros de Paraisópolis que dá aula de esgrima em comunidade carentes de São Paulo
Projeto Mosqueteiros de Paraisópolis que dá aula de esgrima em comunidade carentes de São Paulo

E aí começam a aparecer as dificuldades já enfrentadas pelo projeto chamado de Mosqueteiros de Paraisópolis.

A ABE é a responsável, em parceria com a União dos Moradores de Paraisópolis, mas, por enquanto, não tem nem patrocinador nem apoio de qualquer lei de incentivo pra prosseguir com a ideia que acaba de sair do papel.

Hoje, com pouco menos de R$ 8.500 vindos em doações, o projeto tem condições de durar apenas três meses. Este período, esperam, além de apresentar o projeto à comunidade, servirá para a captação de recursos.

A partir daí, o objetivo é trabalhar com 80 crianças e formar um monitor de Paraisópolis.

O principal esgrimista do Brasil, Renzo Agresta, esteve na apresentação do projeto, segunda-feira, ao lado de outros atletas da seleção como Henrique Rochel e Bernardo Schuwchow no bairro da zona sul paulistana.

O dinheiro disponível já foi usado para a compra de material educativo, de plástico, importado da Itália pois não existe no Brasil, além de camisetas e lanches para os alunos e o pagamento da ajuda de custo dos monitores.

Os monitores são esgrimistas (Bernardo Schuwchow e Marcos Ruzzi) e estudantes de educação física, supervisionados pela professora e atleta Carla Evangelisti.

Passado estes primeiros três meses, a ABE calcula que precisará de muito mais recursos para a segunda parte do projeto, com 80 crianças da comunidade, durante um ano, com três aulas por semana.

O valor necessário passa para R$ 100 mil.

As negociações com patrocinadores e as doações podem ser feitas por meio do site da ABE.

Até o momento, a ajuda veio de familiares, amigos, atletas ou empresas ligadas à esgrima.

Mas quem ajuda a esgrima do país? Ou quem a esgrima do país ajuda?

Os patrocínios estatais e privados nunca foram tão altos no esporte nacional, inclusive na esgrima. Mas são para o alto-rendimento. No topo, onde nem todos conseguem chegar.

O esporte, no entanto, precisa de base e esta é formada lá embaixo, onde qualquer um pode ter acesso. E só assim o lema dos mosqueteiros fará sentido para uma criança ou um atleta olímpico, em Paraisópolis ou em todo o Brasil.

O esgrimista paulista Renzo Agresta, 28, tem três medalhas em Jogos Pan-Americanos
O esgrimista paulista Renzo Agresta, 28, tem três medalhas em Jogos Pan-Americanos

 

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