OlímpicosQatar – Olímpicos http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br Notícias, comentários e bastidores de todos os esportes Thu, 22 Sep 2016 15:00:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Qatar quer provar que pode ter Copa no verão; inverno beneficia a torcida http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/02/24/qatar-queria-provar-que-pode-ter-copa-no-verao-inverno-beneficia-a-torcida/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/02/24/qatar-queria-provar-que-pode-ter-copa-no-verao-inverno-beneficia-a-torcida/#respond Tue, 24 Feb 2015 15:02:55 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1294 O Qatar quer provar que pode. Pode construir quantos estádios, arenas e circuitos forem necessários. Pode organizar todos Mundiais de qualquer modalidade. E pode, assim, se tornar a capital mundial do esporte. Poder, até pode. Precisa combinar com os russos, ingleses, suíços… Por esse motivo, a Fifa quer a Copa do Mundo de 2022 em novembro e dezembro.

O Qatar pagaria (não confunda com subornaria) para Copa ser no verão se precisasse. É cara (eles não revelam valores), mas já há no pequeno e riquíssimo emirado tecnologia para refrescar a cuca e o corpo de quem se preocupa com as elevadas temperaturas do país do Golfo Pérsico.

Hoje já existe um estádio de futebol com ar-condicionado para os jogadores e os torcedores. Por que não construir 12 (como proposto na candidatura) ou oito (o mais provável hoje) para a Copa-2022? Dinheiro, petróleo e gás natural não faltarão até lá.

A Folha esteve no estádio do Al-Sadd há menos de um mês, mesmo em período de parada no campeonato local. A arena do clube mais vitorioso do futebol qatari fica em Doha, capital do país, e tem capacidade para cerca de 17 mil torcedores.

Ar-condicionado individualizado para os torcedores, embaixo das cadeiras do estádio do Al-Sadd, no Qatar (Marcel Merguizo/Folhapress)
Ar-condicionado individualizado para os torcedores, embaixo das cadeiras do estádio do Al-Sadd, no Qatar (Marcel Merguizo/Folhapress)

O modelo do Jassim Bin Hamad, fora do projeto da Copa, não seria nada inovador em relação a pequenos mas modernos estádios se não fosse pelas pequenas saídas de ar-condicionado instaladas embaixo de todas as cadeiras da arquibancada. Para os jogadores, são grande tubulações que levam a temperatura mais amena para dentro do campo.

E o estádio não é totalmente coberto. Aliás, tem cobertura para as arquibancadas mas é aberto no perímetro do campo, como todos os outros quatro que já tiveram seus projetos divulgados pelos árabes.

Estádio do Al-Sadd, em Doha, no Qatar, que já conta com ar-condicionado para as arquibancadas e para o campo (Marcel Merguizo/Folhapress)
Estádio do Al-Sadd, em Doha, no Qatar, que já conta com ar-condicionado para as arquibancadas e para o campo (Marcel Merguizo/Folhapress)

Em janeiro deste ano, na apresentação da atualização dos projetos a Copa, onde foram mostrados os desenhos de quatro dos estádios do Mundial, técnicos que trabalham para o Comitê Supremo de Entrega e Legado disseram à Folha que é possível ter ar-condicionado em todos os 64 locais de treinamento e e os oito ou 12 de jogos com temperatura no campo e nas arquibancadas perto dos 26º.

No período do Mundial masculino de handebol, que aconteceu entre janeiro e fevereiro, as temperaturas no país variavam de 13ºC (à noite) até 28ºC (no meio do dia), com uma média de 24ºC durante tardes e manhãs. O clima é similar aos meses de novembro e dezembro, quando a Fifa deseja realizar a Copa.

Já no verão, as temporaturas no Qatar podem chegar até a 50ºC.

Mas, para mostrar que conseguiriam realizar o Mundial até mesmo nos meses de junho e julho, o Qatar usa a experiência da Fan Fest que organizaram em Doha durante a Copa de 2014.

Houve dois locais de concentração da torcida local para assistir ao Mundial no Brasil. Em um deles, para cerca de 13 mil torcedores, dizem que enquanto a temperatura externa era de 41ºC, internamente a festa fechada era organizada com 22ºC.

“Nós estamos convencidos em realizar no verão. Estamos confiantes em realizar em qualquer época”, afirmou o diretor-executivo de comunicação e marketing do comitê qatari, Nasser Al Khater, há menos de um mês.

O zagueiro Domingos (aquele), ex-Santos e há três anos jogando no futebol do Qatar, brincou quando questionado sobre o clima desértico no país durante o verão.

“Estou acostumado com o calor do Nordeste, da Bahia. Mas aqui quando chega a 48 é um pouco quente. Tem jogo nessa época [junho e julho] mas é às sete ou oito da noite. E tem estádio com ar-condicionado [o do Al-Sadd], aí você não sente tanto o calor”, disse o baiano do Al-Kharitiyath.

E a torcida? Este talvez seja o acerto da Fifa ao escolher o fim do ano como período da Copa.

Hoje, ao passear pelas ruas de Doha, quase não se vê pedestres. Mesmo no inverno. A cultura local é ir aos shoppings, passear em grandes carros e frequentar grandes restaurantes (ou seja, onde há ar-condicionado). Já os estrangeiros (maioria no país, cerca de 80% da população) ficam mais tempo nos hotéis (que tem praias particulares onde se pode ficar com pouca roupa e se vende bebidas alcoólicas, dois hábitos proibidos aos muçulmanos) do que circulando pela cidade, o que no verão é quase impossível.

Assim, a Fifa abre, no mínimo, a chance de as torcidas se encontrarem nas ruas, no calçadão na beira da baía de Doha, nos bairros planejados (para os ricos). Enfim, cria a possibilidade de festa em uma Copa compacta, com estádios muito perto um dos outros e concentração de turistas em praticamente um local: Doha.

Se não, será a Copa do hotel-metrô-estádio-metrô-hotel. Hoje há zero quilômetro de metrô nno Qatar, mas em sete anos eles prometem construir mais de 200 km, o dobro do que tem São Paulo, por exemplo. E as grandes obras (leia-se crateras, guindastes e poeira) já podem ser vistas em alta velocidade no país.

Aliás, no caminho entra a porta do metrô e o estádio, o Qatar também diz poder fazer trechos com ar-condicionado (isso, ao ar livre), com espécies de túneis de frio saindo na direção dos torcedores. Aparentemente, não vai precisar… Então podem gastar ainda mais dinheiro com as obras para a Copa-2022, para o Mundial de atletismo (que já conseguiram para 2019), para o de basquete (que desejam ter no mesmo ano) ou ou mais de 50 eventos esportivos anuais que planejam organizar até até os Jogos Olímpicos de 2024, para os quais devem apresentar candidatura ainda este ano.

No mundo árabe, querer e poder nem sempre estão na mesma órbita.

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Primeira campeã mundial de 2015 já é favorita na Rio-2016; veja os motivos http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/02/05/primeira-campea-mundial-de-2015-ja-e-favorita-na-rio-2016-veja-os-motivos/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/02/05/primeira-campea-mundial-de-2015-ja-e-favorita-na-rio-2016-veja-os-motivos/#respond Thu, 05 Feb 2015 12:05:44 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1268 O goleiro francês Thierry Omeyer foi eleito o melhor jogador do Mundial do Qatar (Mohammed Dabbous/Reuters)
O goleiro francês Thierry Omeyer foi eleito o melhor jogador do Mundial do Qatar (Mohammed Dabbous/Reuters)

A França é a primeira campeã do mundo em 2015 –ano com 37 mundiais em uma espécie de prévia olímpica.

E a conquista do Mundial masculino de handebol, um ano e meio antes dos Jogos do Rio, já coloca os franceses como favoritos ao ouro em 2016

Será a chance de Les Bleus conquistarem o inédito tricampeonato olímpico no handebol entre os homens. No feminino, a Dinamarca já alcançou o feito em Atlanta-96 + Sydney-2000 + Atenas-2004. As dinamarquesas, por sinal, organizam o Mundial em dezembro deste ano, quando as brasileias defendem o título conquistado em 2013.

E por que a França já pode ser considerada favorita ao ouro no Parque Olímpico da Barra?

1) No Mundial do Qatar, que acabou no último domingo, foi a única seleção a terminar a competição invicta;

2) O melhor jogador da competição foi o espetacular goleiro francês Thierry Omeyer, de 38 anos. Titi, como é carinhosamente chamado, tonou-se o primeiro jogador de handebol a conquistar quatro títulos mundiais ao lado do capitão Jerome Fernandez, que pouco jogou no Qatar;

3) E por falar em conquistas inéditas, a seleção francesa é a primeira da história a unificar a tríplice coroa: Mundial (2015), Europeu (2014) e Olimpíada (2012);

4) Além das medalhas no peito, a França ainda ostenta craques que comandam a equipe em quadra. Dois deles já foram eleitos melhores do mundo recentemente: Nikola Karabatic, em 2007, e Daniel Narcisse, em 2012. O goleiro-que-ganha-jogo Titi, do PSG, também foi eleito o melhor do planeta em 2008 e deve disputar com Karabatic, do Barcelona, o posto em 2015.

Enfim, são muitos motivos para considerar esta França uma das melhores equipes da história e favorita ao ouro na Rio-2016. Espanha, Croácia, Alemanha, Polônia e Dinamarca devem ser os principais rivais. No total, oito europeus devem estar nos Jogos e na briga pelo pódio. O Qatar, novo rico do handebol, pode surpreender. O Brasil, dependendo dos cruzamento e da atuação na primeira fase, pode sonhar com a semifinal.

Para entender a disputa olímpica: serão 12 países. França, campeã mundial, e Brasil, país sede, são os dois classificados até o momento. Outras quatro vagas serão conquistadas em pré-olímpicos continentais. Na Europa a disputa é muito aberta; na Ásia a vaga deve ser do Qatar; na África, Egito e Tunísia brigam por um lugar no Rio; e, nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, a Argentina provavelmente vai confirmar sua participação em 2016.

Então restarão seis lugares para serem preenchidos em pré-olímpicos mundiais. Tudo indica que devem ficar com seis seleções europeias.

Na Olimpíada, são dois grupos de seis seleções cada. O Brasil poderá escolher em qual chave prefere ficar, após o sorteio. Assim, os brasileiros devem preferir o grupo com menos times da Europa (quatro) para brigar pela segunda ou terceira colocação rumo às quartas de final. Dependendo do cruzamento, aliado ao apoio da torcida, a empolgação, poderia chegar às semifinais. Já seria histórico. Os brasileiros sonham. Os franceses vislumbram a realidade.

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Jogou onde? No colégio e no Mundial do Qatar http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/30/jogou-onde-no-colegio-e-no-mundial-do-qatar/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/30/jogou-onde-no-colegio-e-no-mundial-do-qatar/#respond Fri, 30 Jan 2015 10:41:43 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1257
O handebol é um jogo cada vez mais veloz, em que a força e a altura dos jogadores são determinantes e os goleiros fundamentais para a vitória de uma equipe.As conclusões acima podem parecer óbvias para quem acompanha a modalidade com certa constância. Mas é mais evidente ainda quando se joga handebol.

E parte da imprensa que está acompanhando o Mundial no Qatar pode comprovar o quão difícil é o esporte dominado pelos europeus. Sim, até no jogo entre fotógrafos, jornalistas e comentaristas ficou clara a superioridade do Velho Continente.

Eu, o fotógrafo Wander Roberto, da Inova Foto, e os repórteres Guilherme Cardoso e Bernardo Cruz, do Lance!, representamos o Brasil. Digamos que a atuação brasileira –tomada as devidas proporções– não foi muito diferente da seleção verde-e-amarela no apanhado geral dos Mundiais masculinos de handebol.

Jogamos em uma das três novíssimas e luxuosas arenas do Qatar, a Duhail Sports Hall, dentro do mesmo complexo esportivo em que o Bayern de Munique fez um amistoso contra a seleção da Liga qatari no início de janeiro. Além do ginásio e do estádio, ainda há três campos de futebol para treinamento, duas quadras e uma piscina cobertas, entre outras instalações de dar inveja a qualquer estrutura esportiva no Brasil. Em Duhail fica a sede da federação de handebol do Qatar.

Voltando ao jogo. A quadra é espetacular, emborrachada, macia. Também deve ser uma sensação muito boa jogar para as arquibancadas lotadas para mais de cinco mil torcedores. Mesmo vazia a arena impressiona quando se está no centro da quadra. Os vestiários também são enormes e muito bem cuidados. Há uma sala separada para os técnicos, chuveiros individuais, local para massagem, tratamento com gelo etc. Até um secador de cabelo, dois, na verdade, instalados a cerca de 2 metros de altura há no vestiário.

Voltando para o torneio. No momento da divisão dos times, a organização teve a (brilhante?) ideia de colocar todos representantes da mídia sul-americana juntos. Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Belarus… Ops, os bielorrussos acabaram na equipe porque, bem, porque a organização quis assim. Não foram lá grandes reforços. Melhor foi a dinamarquesa, baixinha, habilidosa, que completou o time. Completou, não. Ela jogou melhor que toda imprensa brasileira junta.

Perdemos a semifinal para um combinado europeu (claro!) dominado por russos. E eles perderam a final para a imprensa alemã. Exatamente, a Alemanha levou um time completo para jogar e ganhou mais um Mundial (?). Os sul-americanos bateram um combinado de africanos, asiáticos e um ou outro europeu na decisão do quarto lugar. Foi a primeira vez que um time da América do Sul ficou entre os três primeiros em um Mundial (?).

Nós, brasileiros, praticantes de handebol apenas no colégio (e olhe lá), não nos destacamos. Como acontece no futebol, alguns comentaristas e colunistas de TV e jornal são ex-jogadores. E foram estes (dois argentinos e um uruguaio) que levaram o time nas costas. E é neste momento que se percebe o quanto o handebol é um esporte que depende muito do preparo físico, da força, da velocidade nos dribles, passes e arremessos. Jogar contra e com gente que é do ramo, aliás, escancara essa diferença. E, claro, é difícil fazer gol. Mesmo saindo de 40 a 60 gols por jogo, quando se tem um goleiro de 2 m x 2 m à frente, não é fácil arremessar a bola ali da linha dos 6 m, 7 m ou 9 m.

Por fim, uma curiosidade que eu tinha desde que comecei a acompanhar handebol: como é jogar com toda aquela cola na bola e na mão? Estranho! Ajuda muito a dominar a bola em passes rápidos e longos, o controle fica melhor. Mas não toque no cabelo, não tente enxugar o rosto ou dar aquela, digamos, ajeitada no calção. Ah, no início é um pouco difícil até de soltar a bola com a força desejada. Algo que se acostuma facilmente depois.

Bom, depois desta experiência já posso responder à pergunta “jogou onde?” quando falar de handebol. Na minha escola e no Mundial do Qatar.

O repórter MARCEL MERGUIZO viaja a convite da organização do Mundial
Imprensa sul-americana reunida para uma partida de handebol no Qatar
Imprensa sul-americana reunida para uma partida de handebol no Qatar
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8 motivos para acreditar que o handebol pode se dar bem no Rio http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/26/8-motivos-para-acreditar-que-o-handebol-pode-ser-dar-bem-no-rio/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/26/8-motivos-para-acreditar-que-o-handebol-pode-ser-dar-bem-no-rio/#respond Mon, 26 Jan 2015 14:02:40 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1246 1 – Renovação: O central João, 20, e o armador Zé, 21, foram destaques do Brasil neste Mundial do Qatar. Eles já atuam no exterior e não sentiram a pressão do primeiro Mundial adulto, apesar da idade para ainda jogar entre os juniores. Ou seja, mais maduros até agosto de 2016, podem ser fundamentais para uma boa campanha do Brasil. Outros jovens ainda podem entrar na equipe. O Mundial júnior, em julho, no Brasil, pode servir de trampolim para as promessas.

2 – Manutenção do técnico: Com o espanhol Jordi Ribera no comando nos últimos dois anos, o Brasil chegou duas vezes seguidas às oitavas de final de um Mundial, sendo desclassificado pela diferença de um gol em ambos, frente a potências europeias. Os jogadores sempre elogiam o trabalho do técnico e dizem que a melhora do time é evidente com ele.

3 – Internacionalização: Algo incomum antigamente, a ida de jogadores brasileiros para as ligas de Europa está se tornando rotina. Com nove dos 16 da seleção que esteve no Qatar atuando fora do país, a equipe se acostuma a competir com frequência contra adversários mais fortes e permanece atuando em alto nível por mais tempo.

4 – Experiência: Mesmo que tenha atletas jovens no elenco, a seleção está formando um grupo mais acostumados a jogos decisivos e de alto nível. No Mundial do Qatar, por exemplo, encarou Espanha, Eslovênia e Croácia, três semifinalistas do Mundial de 2013, de igual para igual. Perdeu as três partidas mas por diferenças pequenas e liderando os jogos em alguns períodos.

5 – Estrutura: Sem casa, a seleção brasileira deve ter seu centro de treinamento próprio concluído ainda no primeiro semestre, promete a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb). Além de não ter que ficar trocando de quadra/ginásio no período de treinos, o local deve oferecer uma estrutura de equipamentos e concentração melhor à equipe nacional.

6 – Dinheiro: A CBHb recebe atualmente R$ 9,4 milhões do Ministério do Esporte para preparar as seleções para a Olimpíada do Rio. Em 2015, mais R$ 3,75 milhões serão pagos pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) via Lei Piva. Mas o dinheiro deve aumentar. Os contratos de patrocínio com Correios e Banco do Brasil estão em processo de renovação neste ano e irão render, juntos, mais de R$ 10 milhões anuais, devido a um aumento no valor dos acordos.

7 – Condição física: No Mundial, dois dos jogadores mais experientes do Brasil chegaram ao Qatar se recuperando de lesões: o ponta Borges, 29, e o armador Zeba, 31 e capitão do time. Ambos estavam em seus quintos mundiais e tiveram uma boa participação, apesar dos problemas físicos. Borges foi o artilheiro do Brasil e Zeba acabou a competição em alta, como titular, após um início ruim. Além deles, outro jogador importante para a seleção, o armador Thiagus Petrus, precisou ser poupado de dois treinos devidos a dores. Para 2016, com estes atletas na forma física ideal, a seleção ganha força.

8 – Fator casa: É inegável que jogar em casa, com o apoio da torcida, pode ajudar a seleção brasileira no Rio. Assim como no futebol, algumas marcações dos árbitros são interpretativas, e o fator casa pode pesar sobre as decisões deles. Além disso, no formato com 12 equipes na Olimpíada, divididas em dois grupos de seis, a primeira fase de mata-mata já é a de quartas de final. Desta forma, uma vitória nesta eliminatória já colocaria os donos da casa na briga por medalha.

OBS.: Atual campeã mundial, a seleção feminina do Brasil defende o título em dezembro, na Dinamarca, mas independentemente do resultado, já está entre as favoritas ao pódio no Rio, ao contrário da masculina

O repórter MARCEL MERGUIZO viaja ao Qatar a convite da organização do Mundial de handebol

 

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Qatar leva de falcão a Pharrell para animar arena do Mundial http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/23/qatar-leva-de-falcao-a-pharrel-para-animar-arena-do-mundial/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/23/qatar-leva-de-falcao-a-pharrel-para-animar-arena-do-mundial/#respond Fri, 23 Jan 2015 09:07:46 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1232 Torcida da Dinamarca lota parte da Arena Lusail na vitória sobre a Rússia no Mundial de handebol (Marcel Merguizo/Folhapress)
Torcida da Dinamarca lota parte da Arena Lusail na vitória sobre a Rússia (Marcel Merguizo/Folhapress)

O Qatar construiu três arenas novas, modernas e luxuosas, montou um time repleto de estrangeiros naturalizados e contratou até uma torcida espanhola para vibrar pela seleção da casa no Mundial masculino de handebol.

Mas quem está no Brasil, vendo as partidas da seleção pela TV, pode imaginar que os ginásios estão sempre vazios. Na verdade, exceto pela estreia brasileira contra o Qatar, as arquibancadas nunca estiveram lotadas mesmo.

No entanto, em algumas boas partidas do Mundial o clima é de festa, provocação entre rivais, muito barulho e paixão pelo handebol.

Jogos como Croácia e Macedônia, Egito e França, Argentina e Alemanha, Rússia e Dinamarca, para citar alguns, estiveram com boa parte das confortáveis cadeiras das arenas bem ocupadas.

E apesar de não vender bebida alcoólica no ginásio (na verdade, só se encontra em hotéis de redes internacionais e por preços que chegam a R$ 40 a cerveja), alemães celebraram muito nesta quinta-feira, por exemplo, na Arena Lusail, que comporta 15 mil pessoas.

Os dinamarqueses também vibraram bastante com sua seleção. E não eram apenas os cerca de 20 torcedores de cada país que a organização do Mundial convidou, pagando todas as despesas da viagem. Eram centenas deles, afinal, além de apaixonados por handebol em boa parte da Europa, estes países são favoritos ao título.

Para entreter os torcedores no suntuoso ginásio no meio do deserto, a organização promove algumas brincadeiras com a torcida no intervalo. Algo que acontece em todo grande evento esportivo, claro, mas em um país islâmico, há algumas peculiaridades, como não haver animadoras de torcida (as famosas “cheerleaders”).

Assim, nos intervalos há apresentação de acrobatas e ginastas. Ou capoeiristas brasileiros. Sim, há capoeira no intervalo de alguns jogos.

Treinador coloca falcão no braço de torcedora em ginásio do Qatar (Marcel Merguizo/Folhapress)
Treinador coloca falcão no braço de torcedora em ginásio do Qatar (Marcel Merguizo/Folhapress)

Quando um técnico pede tempo, no lugar da “Câmera do Beijo”, tradicional em ginásios dos EUA, há a “Câmera do Frango” (os árabes comem muito frango, muito mesmo). E durante a “Chicken Cam”, um animador de torcida pede para um grupo de torcedores dançar ao som de “Baile dos Passarinhos”. Lembra? Aquela música infantil que Gugu Liberato cantava (e dançava) em seu programa de TV.

Pra quem não curte muito o “Passarinho quer dançar / O rabicho balançar / Porque acaba de nascer / Tchu tchu tchu”, outro pássaro é atração no ginásio. Nos corredores da Lusail Arena, uma tenda foi montada para exibição de falcoaria. Isso mesmo, um especialista leva um falcão e o coloca no braço das pessoas, que tiram suas fotos e devolvem o bicho ao dono. A falcoaria é, digamos, um dos esportes preferidos dos qataris.

Até nos canais de esporte na TV árabe há exibição de corridas e caça com os falcões. No mercado de rua de Doha, os pássaros também são uma grande atração.

E para fechar a noite no Qatar em grande estilo, a organização levou o astro Pharrell Williams para cantar durante 50 minutos para o público que acompanhou a rodada dupla desta quinta-feira, em Lusail (cidade planejada e ainda em construção que vai receber a cerimônia de abertura e encerramento da Copa-2022).

Com o mega-ultra-hit “Happy”, o cantor, produtor e jurado do “The Voice” americano deixou todos mais felizes antes da meia-noite no “mundo árabe”.

O repórter MARCEL MERGUIZO viaja ao Qatar a convite da organização do Mundial de handebol

O astro americano Pharrell Williams se apresenta na Arena Lusail, no Qatar (Marcel Merguizo/Folhapress)
O astro americano Pharrell Williams se apresenta na Arena Lusail, no Qatar (Marcel Merguizo/Folhapress)
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De castanha do Pará a óleo de lavanda, conheça curiosidades da seleção de handebol http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/19/de-castanha-do-para-a-oleo-de-lavanda-conheca-curiosidades-da-selecao-de-handebol/ http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/2015/01/19/de-castanha-do-para-a-oleo-de-lavanda-conheca-curiosidades-da-selecao-de-handebol/#respond Mon, 19 Jan 2015 09:07:09 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/133121242.jpeg http://olimpicos.blogfolha.uol.com.br/?p=1220
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A seleção brasileira de handebol que está no Mundial masculino no Qatar tem alguns segredos, ou melhor, curiosidades para se preparar dentro e fora de quadra para os jogos. Veja algumas:

Castanha do Pará – Arroz e feijão? Não, o único alimento brasileiro que a seleção levou para o Qatar foi castanha do Pará. Por orientação da nutricionista, cada jogador deve comer duas delas por dia, de preferência à noite, quando bate aquele fominha

Óleo essencial de lavanda –  Se um jogador não conseguir dormir por algum motivo, basta colocar cinco gotinhas do óleo em um algodão e relaxar no travesseiro. É consenso que o descanso é tão importante quanto o treino, por isso até acupuntura já foi usada nos atletas. O armador Zé, camisa 10 da seleção, precisou desta ajudinha para dormir uma noite no Egito, no período de preparação do time antes do Mundial

Cola – Esse produto na bagagem brasileira é comum em todas as seleções, mas muitas vezes surpreende quem não acompanha o handebol: cola. Sim, todos os jogadores (inclusive o goleiro) passam uma cola especial nas mãos para ter mais aderência na hora dos passes e arremessos. O potinho fica na beira da quadra, alguns colocam até um pouquinho no calcanhar, para repor o grude durante o jogo. Durante as partidas os jogadores tomam cuidado para não passaras mãos nos olhos e nos cabelos

‘Manga-elástica’ – Assim como alguns usam meiões, outros jogadores atuam com mangas compressoras. O assessório ajuda a manter os braços aquecidos na partida. Na estreia, contra o Qatar, nenhum brasileiro usou e peça colada no braço. Já contra a Espanha, Japa, Zé, Diogo e Zeba usaram a manga compressora em um dos braços, justamente o que usam no arremesso

Mulheres – As únicas duas mulheres da comissão técnica da seleção não viajaram para o Qatar: a nutricionista Larissa Aguiar Silva, 28, e a psicóloga Anahy Couto, 41. Elas, porém, continuam em contato com os jogadores por Skype e WhatsApp, por exemplo. Além dos 17 atletas que estão em Doha, a comissão do técnico espanhol Jordi Ribera conta com mais cinco homens

 

O repórter MARCEL MERGUIZO viaja ao Qatar a convite da organização do Mundial masculino de handebol

Cola usada pelos jogadores no treino da seleção brasileira (Marcel Merguizo/Folhapress)
Cola usada pelos jogadores no treino da seleção brasileira (Marcel Merguizo/Folhapress)

 

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